Professor e Neuropsicólogo Frank Duarte fala de paixão e fanatismo por futebol

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Hoje no quadro Saúde do Resenha CM o Neuropsicólogo e professor Frank Duarte fala sobre paixão sobre futebol, fanatismo e até da dica para torcedores não sofrerem tanto quando for assistir ao jogo do seu time do coração pela televisão ou no estádio. Será que é possível isso? Vamos descobrir na nossa entrevista de saúde hoje.

            Que o brasileiro é doente por futebol, todos já sabem, mas a pergunta é o Porque de tanta paixão pelo seu clube do coração? Frank Duarte explica esse sentimento. “Somos movidos a desejos. Nos aproximamos pelo mesmo desejo é o time é uma forma de expressar esse querer, está na vontade. As vezes o desejo é apenas algo suave que ao ser conquistado, já se sente saciado, no entanto, em outras circunstâncias o desejo pode virar obsessão. Neste ponto te vista, o torcedor pode ficar apaixonado a tal ponto que fica obcecado pelo time e nada mais faz sentido, a não ser o seu time do coração. Vale lembrar que a paixão, é o entorpecimento temporário do juízo, ou seja, ao estarmos apaixonados, podemos fazer coisas das quais nos coloca em risco”.

            Frank também fala da representatividade que um time traz para o torcedor “O humano só consegue ver estruturar sua identidade e personalidade, no contato com o outro. Somos seres que vivemos em comunidade e em grupo. Nos agrupamos por afinidades e semelhanças, e isso é uma das coisas que o torcer nos permite. Por vezes torcer é fazer parte de um grupo, sentir-se representado, e até mesmo uma forma de vida, uma tribo, tornando-se uma nação.. A nação Corinthiana por exemplo”.

            Um dos fatos triste no futebol é a violência e o ódio que torcidas organizadas tem uma da outra. O professor Frank fala desse outro sentimento que acaba entristecendo milhares de pessoas que amam o futebol. “Da mesma forma que a emoção de alegria em torcer para o time, mexe com o nosso racional, o perder nos transforma. Não somos preparados para perder, nos frustrar. Embora o futebol e seus esportistas, aprendem muito com ganhar e perder, saber que perdemos não é um problema. O dilema é reconhecer que o outro ganhou. Sempre tentamos encontrar uma desculpa para nossos fracassos. O time está desfalcado, o gramado molhado, muito frio ou calor de lascar e etc. Isso faz parte do humano, é como se fosse uma defesa. Porém, se perdi, e outro ganhou…. este outro foi quem me “tomou” aquilo que eu tanto queria, que é a vitória. Assim, vou criando uma antipatia, sendo possível chegar a rivalidade e confrontos”.

            Brigas, homicídios tem acontecido por torcedores rivais ao longo dos anos no Brasil inteiro. É uma parte que nunca faz parte com nenhum esporte. Frank também fala do aspecto do ódio de uma pessoa somente por não concordar sobre o time que ela torce “Várias formas existem para expressar nossas emoções, da mesma forma que só dizer que gosta não é o suficiente, e sim também damos um aperto de mão ou um abraço, só dizer que não gosto, não é o suficiente. A agressão é em primeiro lugar uma  demonstração de ausência de controle das emoções, em segundo, sinal de que preciso de ajuda, pois não sei lidar com as minhas frustrações.

            Na oportunidade Frank Duarte faz comparação de um torcedor fanático e de um torcedor apaixonado pelo seu clube. Será que tem alguma diferença? O Psicólogo explica. “Torcer é vibrar para e com o time. É ter uma emoção que não cabe em gestos ou gritos, sendo que as vezes até expresso o amor, por meio de expressões mais fortes, como tatuagens. Como proteção da pele. Ao que admira o time, ele também consegue perceber que existem outras formas de torcer, que não necessariamente só o dele. O apaixonado é tolerante. O fanatismo cega! Seja no futebol ou na religião. Ele é intolerante, por que acredita que só sua forma de pensar é o que vale, ou que só existe a sua forma de “torcer”. Ele exclui e deseja aniquilar aquele que pensa de outra forma.

            O torcedor geralmente antes, durante a após um jogo do seu time do coração. Principalmente quando o clube está envolvido em jogos de mata mata, decisões de campeonato. O professor Frank também relata sobre essas emoções sentidas pela grande maioria de um torcedor de futebol. “ Torcer é vibrar para e com o time. É ter uma emoção que não cabe em gestos ou gritos, sendo que as vezes até expresso o amor, por meio de expressões mais fortes, como tatuagens. Como proteção da pele. Ao que admira o time, ele também consegue perceber que existem outras formas de torcer, que não necessariamente só o dele. O apaixonado é tolerante. O fanatismo cega! Seja no futebol ou na religião. Ele é intolerante, por que acredita que só sua forma de pensar é o que vale, ou que só existe a sua forma de “torcer”. Ele exclui e deseja aniquilar aquele que pensa de outra forma.

            Se você que sempre acompanha o Resenha CM e é um torcedor apaixonado ou doente pelo seu time do coração, acompanhe as dicas do Psicólogo e Professor Frank Duarte para não sofrer tanto nas partidas. “ A regra é clara. Não gere expectativas (Risos). Coisa difícil de fazer, eu diria quase impossível. Somos cheios de expectativas. Se conhecer e em especial, como nós reagimos em determinadas situações, já é uma grande caminhada. Saber como ficamos ao ver um time ganhando ou perdendo, já na auxiliar em saber onde e como vamos assistir o jogo. Sempre é aconselhável, antes da partida, pensar nas possibilidades de resultado, isso facilitará lidar com a perda, por exemplo.  Cuidado com os excessos, tudo que é demais faz mal. Torcer de mais faz mal! Comer demais faz mal! Dormir demais faz mal! Se exercitar demais faz mal.  O grande achado, é buscar o equilíbrio… afinal um bom jogo, é aquele que termina no empate.

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