Neuropsicólogo e acadêmico de medicina Frank Duarte fala sobre a importância de cuidar das pessoas com vontade de cometer suicídio “Todo dia é dia de cuidado”

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Hoje a resenha é sobre um assunto sério que atormenta milhares de famílias no Brasil que já sofreram ou sofrem com um ente querido que cometeu o suicídio. Foi criado no Brasil em 2015 o Setembro Amarelo com o intuito da prevenção e conscientização para que a pessoa não cometa esse ato extremo. O professor Neuropsicólogo e acadêmico de medicina Frank Duarte fala sobre o tema que tem assolado as pessoas.


Frank cita que o medo e não achar uma saída para as principais dificuldades são os principais motivos. “De forma geral as pessoas com pensamentos suicidas não querem morrer, querem apenas “curar” uma dor que não sabe onde está localizada. Antes de cometer o ato, a pessoa já pensou e planejou tudo. Ninguém acorda um dia e comete suicídio. É um pensamento que vai sendo alimentado e tendo sentido para a pessoa. Diversos fatores podem levar o sujeito e pensar em tirar a própria vida”.


Na oportunidade Frank alerta a população e familiares pelos principais sintomas e que podem estar acontecendo uma pessoa perto delas. “Todo comportamento é um sinal. De forma geral, as pessoas vivenciam um momento de “desencantamento” com a vida. Coisas perdem o sentido, não consegue ter alegria e então deixa de ver bilhões na vida. Assim, podem ficar excluídas ou começar com comportamentos “de alerta”. Comum ouvir coisas do tipo, “queria dormir e nunca mais acordar”, ou “vontade de sumir”, todos dando intuído de não mais existir. Esses sinais são extremamente alarmantes’.


Mas o que será que pensa uma pessoa que quer tirar a sua vida? Frank relata que é a única saída que ela acha viável. “Ninguém escolheria tirar sua vida, tendo outra opção possível. Em meio a tantas portas, está foi a única que lhe parece levar ao caminho de livrar-se da dor que comentamos no início. Ninguém na plenitude da vida, deseja abreviar este momento tão sublime. Mas quando se conturba os pensamentos e turva-lhe a vista, nada mais faz sentido. É algo além da espiritualidade! É uma doença e precisa de tratamento.


O tema por muitos não devem ser divulgado ou debatido, porem o neuropsicologo fala da importância sim de falar sobre o assunto. ‘Assunto as pessoas começarão a tentar tirar a própria vida. Pensando nesta perspectiva, por que então todos os meios de comunicação não falam todos os dias sobre saúde mental? Assim, todos começariam a tentar tê-la. Mas as coisas não são tão simples assim. Falar é sempre o melhor remédio. As mídias, os programas, as rádios, as escolas e as universidades deveriam falar sempre sobre cuidados de bem estar e saúde mental. Por isso, criamos o projeto “Uma dose de saúde mental, por favor”.


Conhecido como mal do século a depressão tem sido um outro fator importante para que as pessoas se entreguem. “Imagine você estar num quarto escuro e não conseguir encontrar a tomada para acender a luz. Aí por demorar demais, você acostuma com o escuro. Assim é a depressão. Ninguém escolhe estar nesta condição. Momentos que acontecem e vão “tirando” o gosto de viver e quando se dá conta, já acostumou com a sentir isso. Neurofisiologicamente o corpo deixa de produzir os hormônios da felicidade e do prazer.


É possível uma cura, ou como ajudar uma pessoa que está disposta de cometer o ato extremo? Frank responde. “Deve ser como a arte o Bonsai. Todo dia é dia de cuidado! Apenas com cuidado diário e suporte. Muitas pessoas perguntam como ajudar um amigo que sofre de depressão? Simples, demonstre que se ele precisar, você está ali para dar suporte, conversar e buscar ajuda. A depender do caso inicia-se com medicamento para preservar a vida. Na sequência inicia-se o processo psicoterapeutico para buscar descobrir a causa e além disso, como saber manejar e lidar com os problemas que causam a depressão.


Frank fala sobre a importância do setembro amarelo. “Assim como todas as políticas de preservação da vida, o mês traz um holofote para o suicidio, bem como a preservação da vida. Todos os dos, diversos profissionais de todas as áreas ajuda alguém a manter-se vivo. Acho que não deveria chamar “setembro amarelo”, mas sim “mês da vida”, por que cuidar do outro e do seu bem estar, é dar manutenção a vida.

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