Luizinho Ferreira Lima, um dos melhores pivôs do futsal mourãoense

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Um dos melhores Pivôs da história do futsal de Campo Mourão participa dos dois quadros do Resenha CM, o Craque da Bola e o Fera do Esporte Mourãoense. Luizinho Ferreira Lima com uma entrevista descontraída conta a sua historia no futsal e também como se tornou da primeira geração de atletas do handebol mourãoense.


Desde criança Luizinho sempre foi um apaixonado pelo esporte e a praticar diversas modalidades. “Desde muito novinho acompanhei meu pai em seus jogos de futebol de campo ou suíço. Treinar mesmo, a sério, com onze para doze anos, quando comecei estudar no Colégio Estadual de Campo Mourão e tive iniciação em todas as modalidades esportivas, até no atletismo me atrevi a participar (aulas de educação física no Estadual, a principal responsável por esse aprendizado)”.

Caramuru Futsal – 1975
em pé: Louri da Silva, David Miguel Cardoso, Luizinho Ferreira Lima, Tauillo Tezelli, Marcelo Silveira, Ney Piacentini e Ricardo Gabroski
agachados: Romeu da Silva, Dealmir Salvadori, Jorge Bernardo “Ratinho” e Renato Silva


Com o apoio da família, principalmente dos pais Dona Sallime e Sr. Irineu, Luizinho sempre foi destaque no esporte. “Apesar de muito crítico e quase nunca elogiar, sei que ele se orgulhava das nossas conquistas esportivas e nas demais áreas pessoais”.

Sempre de bem com a vida, Luizinho cita sobre sonhos e dificuldades. “Sonho de viver bastante, com muita saúde, paz e amor. E dificuldades nenhuma que eu mesmo não tenha criado. A vida tem sido muito generosa comigo e faço questão de lembrar sempre disso”.

Beccari Futsal (1976)
em pé: Beline Fuzeto, Gilmar Fuzeto, Gilberto Palaro, Sebastião Mauro, Marcelo Silveira, Luizinho Ferreira Lima e Luiz Carlos Beccari (in memorian)
agachados: Henrique “Bode” Galbier (in memorian), Renato Silva, Pedro Galbier, Tauillo Tezelli, Romeu da Silva e David Miguel Cardoso


Luizinho tem como referencia e ídolos, grandes nomes do esporte. “Bernardinho, ex-técnico da Seleção Brasileira de Voleibol, é o maior de todos. No futebol tenho muitos ídolos. Só para citar alguns: Telê Santana, Zetti, Rivelino, Sócrates, Romário, Ademir da Guia, Reinaldo (centroavante do Atlético Mineiro)”.

Associação Tagliari – 1979 (campeão Taça Paraná)
em pé: Seu Értile (in memorian), Itamar Tagliari, Gastão, Ivando “Rancho” Capato, Ione Paulo Sartor e Pedro Ivo Szapak
agachados: João Miguel Baitala (in memorian), Gilmar Fuzeto, Luizinho Ferreira Lima, Carlão Tagliari e Álvaro “Careca”


.Por um bom tempo da adolescência e juventude Luizinho foi destaque nas equipes de futsal e também de handebol na cidade. “A melhor época da minha vida, de quando firmei amizades sólidas, que duram até hoje, e conheci pessoas de bem, que ajudaram muito na minha formação (os desvios que por ventura tenham ocorrido foram exclusivamente por culpa minha)”.


Falando em Handebol, Luizinho fez parte da primeira geração de atletas da modalidade. “Tenho orgulho de fazer parte da primeira geração de handebolistas de nossa cidade, ao lado do Marcelo Silveira, Jair Grasso, Marcão Alcântara, João Silvio Persegona, Danilo Kravchychyn, João Barbosa Sobrinho, Neyzinho Kloster, Betinho Nogaroli, Beto Durski, Ricardo Alípio Costa, meu mano Walmir, entre outros. Uma época com dificuldades, com escassez de material esportivo, treinos em quadras de asfalto, durante a madrugada ou após as aulas do período noturno, mas as lembranças são boas demais”.


E o inicio do futsal foi no Colégio Estadual, a principio debaixo das traves, mas foi por pouco tempo, até descobrir o dom de fazer gols. “Comecei jogar no Colégio Estadual, onde ocorria o campeonato interclasses, com jogos iniciando às 6h30 da manhã antes do início das aulas. Comecei como goleiro, mas durou pouco minha ‘carreira’ nessa posição. Treinar para valer mesmo foi na Associação Caramuru, que foi formada pelo amigo David Miguel Cardoso, onde jogávamos eu, Marcelo Silveira, Ricardo Graboski, Romeu Hermógenes da Silva, Tauillo Tezelli, Dealmir Salvadori, Laércio Daleffe, Ney Piacentini. Meu primeiro treinador na modalidade foi o saudoso Zé Rosa, que era então o massagista da Associação Tagliari.

Associação Tagliari – 1980 – Bicampeão da Taça Paraná
em pé: Itamar Tagliari, Augustinho Vecchi, Gilmar Fuzeto, Severo Zavadaniak (in memorian), Raudilei Pereira, Silvio Cintra, João Miguel Baitala (in memorian) e Seu Itachir Tagliari (in memorian)
agachados: Beline Fuzeto, Luizinho Ferreira Lima, Pedro Ivo Szapak, Ione Paulo Sartor e Carlão Tagliari


Considerado por muitos atletas, comentaristas, amantes do esportes como melhor pivô do futsal mourãoense Luizinho fala sobre o assunto. “Legal, fico envaidecido. Sei que tive uma participação importante na modalidade, mas a cidade sempre foi muito bem servida de jogadores dessa posição”
Sendo destaques com jogadas e gols, Luizinho cita os mais difíceis de se livrar da marcação. “Os mourãoenses Marcelo Silveira e Tanaka. Por que além de marcarem bem, eles também atacavam muito, eram habilidosos e exigiam atenção o tempo todo”.
O pivô fez parte do time inesquecível da Associação Tagliari. “foi a realização de um sonho, de conseguir jogar ao lado de ídolos. Participar da conquista bicampeonato estadual da Taça Paraná (Chave Ouro) logo nos dois primeiros anos em que participei da categoria adulta é a minha principal lembrança. Participar de inaugurações de ginásios de esportes com a Associação Tagliari era um reconhecimento à grandeza da equipe que me enchia de orgulho. Durante anos éramos convidados de honra nessas inaugurações. Para minha vaidade pessoal, guardo a lembrança de ter marcado o primeiro gol em alguns desses ginásios”

E por falar em gol, ele cita dois especiais na carreira. “Um gol bonito que fiz contra a Mecânica Marcos em um campeonato mourãoense. Eu tinha registrado em vídeo (VHS), mas por descuido foi apagado. E o inesquecível foi o que fiz na final da Taça Paraná de 1980, quando ganhamos do timaço do Círculo Militar (Curitiba) por dois a zero. Carlão Tagliari marcou o outro gol”.

Arcam Futsal – 1982
em pé: Paulo Vieira dos Anjos, Carlão Tagliari, Luizinho Ferreira Lima, Gilmar Fuzeto, Birão Rodrigues e Itamar Tagliari
Luiz Carlos “Batata” Mendes, Joel Guaiume, Cidão Vieira dos Anjos e Amaral


Luizinho atuou pelas equipes do Caramuru, depois defendi as cores do Beccari, da Associação Tagliari e da Arcam. Ele cita os principais títulos na carreira. “Vice-campeão juvenil Paranaense com o Beccari Futsal em 1977, campeão da Taça Paraná de 1979; Bicampeão da Taça Paraná de 1980, vice campeão dos Jogos Abertos do Paraná (JAP´s) de 1987 (que também foi a minha maior derrota na modalidade) e campeão dos Jogos Abertos do Paraná de 1988. Outra conquista que sempre destaco foi a sexta colocação na Taça Brasil de Clubes Campeões de 1981, realizada em Cuiabá e contou com a participação de todos os campeões estaduais (o campeão foi o Monte Sinai, do Rio de Janeiro. Título conquistado de forma invicta pelos cariocas, com apenas um empate – 2 a 2 com a Associação Tagliari).

Fertimourão Futsal (campeã Jogos Abertos do Paraná 1988)
em pé: Xaxo (in memorian), Getulinho Ferrari, Renan Salvadori, Marcelo Silveira, Dealmir Salvadori, Luizinho Ferreira Lima e Sebastião Mauro
Luiz Carlos “Batata” Mendes, Beline Fuzeto, Silvio Cintra, Nelson “Ticão” Bueno do Prado, Antonio Luiz “Tuim” Marcelino e David Miguel Cardoso


O handebol, outra paixão, Luizinho também representou bem a cidade de Campo Mourão com conquistas “No handebol me orgulho muito de um vice campeonato dos Jogos Abertos do Paraná de 1977 (em Arapongas) e um terceiro lugar em 1978 (em Maringá). Destaco os Jogos Abertos por que nessa época ele, os JAP’s, era uma das principais competições esportivas paranaense. Não é como hoje em que é realizado apenas para cumprir calendário da Secretaria Estadual de Esportes”.

Handebol Campo Mourão (vice campeão Jogos Abertos do Paraná de 1977)
em pé: Jair Grasso, Nelsinho Rodrigues (in memorian), Marcos Alcântara de Lima, Luiz Alberto Nogaroli, Erivalto “Negão” Oliveira, Dagoberto Lüdek, Idevalci Ferreira Maia e Zé Rosa (in memorian)
agachados: João Barbosa, João Silvio Persegona, Tedy Pacífico, Ney Luiz Kloster, Walmir Ferreira Lima e Luizinho Ferreira Lima


Durante a resenha Luizinho fala sobre a paixão com o handebol. “É uma paixão. Gosto muito e acompanho sempre que posso”. Ele analisa a modalidade na cidade. “ Em baixa infelizmente. Acredito que seja pela absurda política de importação de atletas de fora em detrimento dos locais. Política essa que buscava, principalmente, a conquista do título, ou de uma boa colocação, nos JAP’s, numa época que a competição tinha pouca, ou nenhuma, importância. Para exemplificar: Numa edição dos Jogos Abertos de 2005 ou 2006, em Pato Branco, conheci um nadador que defendia as cores de Campo Mourão e nunca esteve na cidade, não sabia nem onde estava localizada”.


E o que o Luizinho sente mais saudade? Ele fala na resenha. “Das competições, de estar dentro da quadra. Mas, confesso, sinto mais falta ainda da convivência saudável e agradável com os amigos da época que competia. Infelizmente, com alguns deles atualmente quase não tenho contato. Convivo com bons amigos atualmente, mas tem muitos que me fazem falta”.


E o futsal da sua época com o de hoje, Luizinho fala sobre as diferenças “A modalidade mudou muito e para melhor, no que se refere às regras. Pena que o profissionalismo tirou aquele encanto e, com isso, praticamente acabou com o amor à camisa. Os jogos de hoje, na sua maioria, são disputados sem alma. Vejo a maioria dos jogadores saindo da quadra depois de uma derrota como se tivessem conquistado um campeonato”.

Luizinho analisa a modalidade na cidade. Gosto muito, está em constante crescimento, com o destaque que a cidade sempre mereceu. E graças ao trabalho correto, honesto e incansável da diretoria, um grupo pequeno de abnegados mourãoenses. Pena que os atletas, em sua maioria, não tenham conhecimento, do tamanho do sacrifício da diretoria para proporcionar a melhor das condições para atletas e comissão técnica, e não tenham o mesmo amor à camisa.”


O pivô também fala o que representa a modalidade em sua vida. “Um esporte que gosto muito, onde fiz grandes amizades e conheci grande personagens. Destaco dois desses personagens, que são as mais expressivas representações do esporte: Itamar e Carlão Tagliari. Acho que em lugar algum tem pessoas que fizeram tanto pela modalidade. Itamar tem muito destaque, e merecidamente, mas o Carlão, pra mim, é o destaque maior.

Recebendo das mãos do professor José Pochapski, então prefeito municipal, o troféu de melhor pivô da cidade no ano de 1987

Destaque em duas modalidades, Luizinho fala dos ensinamentos do esportes para a sua vida. “O principal deles é a importância de pensar coletivamente sempre, se empenhar para que todos se saiam bem em uma partida. Fazendo isso, o destaque individual aparece naturalmente. Ou seja, um ensinamento que serve para todas as modalidades coletivas”

Foto de 2019 com a esposa Elvira, filhas, genros e netos

Luizinho montou seleção de melhores atletas que atuaram com ele

Goleiros – Louri da Silva, Luis Geraldo “Xaxo” de Souza (in memorian) e Robson do Nascimento
Fixos – Valtecir “Tanaka” Garcia, Marcelo Silveira e João Miguel Baitala (in memorian)
Ala Direitas – Carlão Tagliari, Luiz Carlos (Batata) Mendes e Ivando “Rancho” Capato
Ala Esquerda – Antonio Luiz “Tuim” Marcelino, Luiz Carlos Kloster e Djefferson Rossano (Ferruginha)
Pivô – Ione Paulo Sartor, Paulinho Zagoto e Eu (claro! Hehe)

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