Hugo Lima. “O Basquete é minha paixão. Me trouxe e ensinou valores que levarei em toda minha caminhada”

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Hoje no quadro Cestinha do Resenha traz a história do professor Hugo Lima, destaque como atleta mourãoense no início dos anos 2000 e que hoje tem um trabalho diferenciado e destaque como treinador de basquete de crianças e adolescentes em Campo Mourão. Em entrevista Hugo conta um pouco da carreira vitoriosa e o trabalho como treinador.


Com incentivo do professor China e também do amigo Tody e tendo como inspiração a lenda do basquete Kobe Bryant Hugo iniciou com as primeiras cestas e jogadas no ano de 1998. “O início foi um pouco difícil, pois tinha muita dúvida em qual esporte ficaria. Naquele ano era atleta de futsal e como toda criança tinha um sonho em ser jogador do esporte que é a paixão nacional e até aquele ano, era a minha também”.


Hugo sempre gostou de desafios. “Era comigo mesmo. Sempre soube que não seria alto (alto de verdade, risos) a partir daí tentei fazer algo a mais para que pudesse sobressair na modalidade. Antes do treinamento, todos os dias eu fazia duas horas de arremesso no condomínio onde morava. Além dos arremessos, fazia treino de controle de bola. Pois tinha em mente que precisava fazer mais que os meus colegas de equipe e, não podia de jeito nenhum, ficar apenas com o treino”.


O cestinha do resenha lembra bem da primeira partida no basquete. “Fazia pouquíssimo tempo que havia começado a treinar. Tinha 12 anos. Então chega o China, reúne a equipe e fala vamos para Ubiratã fazer um amistoso contra a equipe local. Não lembro se fiz cesta, acredito que não. Mas lembro que tomei uns nove tocos e andei com a bola (violação quando damos mais que os passos permitidos sem o drible) umas seis vezes. Resumindo, foi horrível (risos).


E no mesmo ano que iniciou no basquete também foi da primeira competição. “No final de 1998. Em Curitiba e, fomos campeões Pré -Mirim do estado. Aqui sim lembro da minha primeira cesta. O aro para atletas Sub-12 é mais baixo. Lembro que fiz um arremesso completamente sem confiança alguma e a bola entrou. Ali despertou o amor que tenho pelo Basquete”.


Após três anos na modalidade em uma partida contra o Marechal Rondon foi escolhida como inesquecível para Hugo. “Lembro-me que estava acertando tudo. Fiz mais de 30 pontos. Muita confiança. Arremessava já sabendo que converteria. Ganhamos o jogo aquele dia. Me lembro que havíamos perdido para eles na competição anterior. No intervalo daquele jogo, fomos ao vestiário. E o que fez com que esse jogo seja inesquecível é que quando sentamos todos ali, cansados, chega o China, olha pra mim e diz ” você tem o melhor ataque do Paraná, na sua categoria. Pode voltar lá e continuar. Você tem o direito de errar umas 10 bolas hoje que não vai levar esporro” . Ouvir isso Dele, pra mim foi algo que nunca saiu da minha memória”.


E a cesta inesquecível? Hugo também tem boas recordações. ‘Foi quando fui jogar em São Paulo. Joguei lá durante o ano de 2002. E a cesta foi durante meu teste para ver se ficariam comigo na equipe paulista. O técnico só tinha visto o aquecimento. Quando cheguei em São Paulo para o teste, o treinador não conseguiu disfarçar que me achou baixo. Mas mesmo assim fomos para o jogo. Quando recebi a primeira bola, partida tinha acabado de iniciar. Recebi a bola do meu companheiro de equipe Kenny e arremessei de 3 pontos. E converti. Imediatamente olhei para o treinador e ele apontou pra mim e disse ” eu quero mais”.


Aqueles três pontos também, sempre tem um ponto comemorado e especial. “No estouro do cronômetro, jogo empatado, São José dos Pinhais. 1999, recebi a última bola do jogo e arremessei. O Jogo acabou enquanto a bola se encaminhava para a cesta. Foi coisa linda demais”.
E não é só de pontos que vive o jogador de basquete, sempre tem uns tocos que acontecem durante a partida. Hugo lembra de um marcante. “O primeiro foi em Ubiratã. Não sabia fazer finta. Lembro-me que peguei a bola e pensei ” Estou pertinho da cesta, está muito fácil e veio o adversário e mandou a bola na arquibancada (risos)”.


Inúmeras são as conquistas como atleta. Dentre elas: Campeão dos Jogos Escolares do Paraná – Fase Final – 2003 (cestinha da competição) – Curitiba – PR; Vice-Campeão Brasileiro de Clubes pela Seleção Paranaense – 2002 – Belo Horizonte – MG; Campeão Federação Paranaense – 2001 – Ponta Grossa – PR; Campeão Campeonato Paranaense – 2003 – Toledo – PR; Vice-Campeão Campeonato Paulista – 2002 – Bauru – SP; Campeão Pré -Mirim Campeonato Paranaense – 1998 – Curitiba – PR; Campeão Federação Paranaense – 1999 – Marechal Rondon .


Michael Jordan é o grande ídolo. “Pra mim o que ele fez, ninguém jamais fará. Decisivo. Não tem um final de semana que não sento para ver vídeos e jogadas dele”. Hugo cita a maior alegria e decepção na carreira. “Maior alegria que tenho no esporte, foi estar entre os 12 melhores jogadores do Estado do Paraná e disputado o campeonato Brasileiro. Sempre foi que almejei enquanto atleta de base. Uma decepção, foi ter perdido a final dos Jogos da Juventude do Paraná de 2003. Sediado aqui em Campo Mourão. Todos familiares e amigos prestigiando. Mas entendo que naquele ano, a equipe de Londrina era superior a nossa.


Em 2008, Hugo inicia no Colégio Vicentino Santa Cruz um trabalho diferenciado e destaque com as crianças. “Eu amo. Me dá energia, me tira da zona de conforto. Me faz estudar e aprender mais dessa modalidade. Ver a evolução a cada treino, o aprendizado com a frustração (que também serve para vida) o desejo de melhorar dos atletas, dos pedidos de dica, é simplesmente gratificante. Tento passar um pouco do que vivi com o basquete e percebo o quanto eles gostam e aproveitam. Vê-los felizes dentro de quadra, competindo e se doando pela equipe é tudo o que preciso pra continuar”.


Com as crianças e adolescentes Hugo já conquistou: Campeão dos Jogos Escolares do Paraná – Masculino – Fase Final – 2008 – Curitiba PR; 3° Lugar na Fase final dos Jogos Escolares do Paraná – Fase Final – 2016 – Apucarana; Campeão Campeonato Paranaense sub-12 – 2009 – Campo Mourão – PR.


No final da resenha Hugo revela a importância do basquete na sua vida. ‘O Basquete é minha paixão. Me trouxe e ensinou valores que levarei em toda minha caminhada. Me ensinou valores dentro e fora da quadra. Valores estes, que tento passar para cada um dos atletas que passam e passaram por mim. Por que o esporte passa, as competição se encerram, mas o que aprendemos e vivemos com ele, fica. A escolha pela minha profissão, devo a esse esporte. Muito do que sou e conquistei, devo ao Basquetebol. Esporte transforma vida. E transformou a minha”.

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