Charuto “Espero ser o 9 do Brasil no próximo Mundial, será um sonho”

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on email

Um dos maiores goleadores do futsal nacional é o nosso convidado de hoje para o quadro “Craque da Bola’. Pivô do Magnus Futsal, Charles Henrique o Charuto em mais uma resenha especial que o nosso site apresenta traz um pouco da trajetória do goleador do time paulista que balançou as redes de muitos goleiros do futsal.


E os primeiros dribles e jogadas foi dentro da casa. “Sempre fui apaixonado por futebol, desde pequeno meu primeiro brinquedo foi uma bola, usava as cadeiras de casa como trave e jogava sozinho o dia todo! Comecei jogando na rua e nos campinhos do meu bairro, quando tinha 13 anos fiz uma peneira no futsal e passei, ali começou de verdade o início da minha carreira, comecei a disputar campeonatos regionais e estaduais pelo time da Tuper/ São Bento do Sul’.


A família sempre foi o grande alicerce e apoiador da carreira de Charuto. ‘Muitas pessoas, minha família sempre me deu muita força, minha esposa! Meus primeiros treinadores me ajudaram demais! Foram muitas pessoas que ajudaram eu realizar meu sonho, sou muito grato a todos. E a maior inspiração? O goleador revela. ‘Deus é minha maior inspiração, sem ele eu nada seria! Tenho plena convicção que Deus me ajudou muito a chegar onde cheguei! E jogadores sempre gostei muito de ver o Betão jogar, Simi, Schumacher, Falcão! São caras que eu assistia encantado pela TV e depois de um tempo pude jogar ao lado de todos eles”.


Com habilidades em treinos e jogos Charuto viu que o sonho poderia se tornar em realidade. ‘Comecei a me destacar bastante e no ano seguinte já tinha subido de categoria, jogava de igual pra igual com meninos bem mais velhos que eu , e quando jogava na minha categoria fui me destacando com muitos gols, mas não pensem que foi fácil, eu saia as 5 horas da manhã de casa para estudar em outra cidade, quando acabava a aula eu pegava o ônibus para São Bento do Sul onde eram os treinos, almoçava e tinha que esperar até as 16 horas que era o início do treino. Quando acabava o treino eu ia direto pra rodoviária pegar o ônibus e retornar pra casa, chegava em casa por volta das 20 horas, muito cansado! Mas sabia que todo esforço era por uma boa causa, e que colheria os frutos lá na frente”.


E o apelido veio como? Charuto revela. ‘Veio quando mudei de colégio, e fui treinar para os jogos escolares, me apresentei para os meninos como Charles e eles perguntaram se eu não tinha apelido? Eu disse que não, então disseram que eu era meio ruivo, e com a pele marrom, parecia um charuto aceso! Eu não gostei na época, mas o apelido pegou e hoje levo numa boa”.


Quando ainda era jovem Charuto perdeu o pai e considera o período mais difícil da carreira. “Umas das principais dificuldades do início foi perder meu pai com 16 anos , foi um momento muito difícil na minha vida”. Na oportunidade Charuto fala sobre o maior sonho. ‘Tenho muitos sonhos e desejos, mas procuro deixar apenas entre eu e Deus, mas um deles é ganhar uma copa do mundo de futsal com a seleção”.


Durante a resenha Charuto revela os maiores desafios de um atleta profissional. ‘É saber lidar com as frustrações, é ser disciplinado, e ser comprometido, é saber esperar o seu momento, ter muita paciência quando as coisas não estiverem dando certo, ser muito persistente com o seu sonho porque não é nada fácil! Muitas dificuldades surgem no nosso caminho, mas superando tudo isso, as chances de dar certo são grandes. A minha foi muitas vezes por estar longe da família, amigos, de ir para lugares onde não tinha estrutura, foram muitas dificuldades no meio do caminho, mas eu superei todas porque eu sabia o que queria”.


Desde criança Charuto balançava as redes adversarias e artilharia. “Sempre gostava de jogar próximo ao gol, e desde cedo sempre fazia muitos gols, tenho vários troféus de artilheiro lá em casa, na base ganhei muitos prêmios individuais, quando me tornei profissional mudei um pouco meu estilo de jogo, hoje sou um pivô goleador também, mas ajudo muito a equipe na defesa! Busquei ser diferente do que geralmente os pivôs são, que atacam muito bem e não defendem tanto. Eu procurei aprimorar isso, então tanto ataco como defendo bem, talvez não faça tantos gols como fazia na base, mas pra equipe e pro coletivo tem sido muito importante”.


O artilheiro já balançou as redes adversárias atuando pelas equipes Tuper/ São Bento do Sul . Jaraguá Futsal . São Paulo/ Suzano , Corinthians. Tubarão Futsal. Joaçaba Futsal. Magnus. Foram títulos importantes aqui na carreira, dentre eles: Bicampeão Mundial, Um Liga Nacional, Duas Taças Brasil, Um Sul-americano com a Seleção, Uma supercopa, uma Liga Paulista, três campeonatos paulistas. ‘Os dois campeonatos mundiais foram inesquecíveis”.


Na oportunidade o craque da bola lembra dos gols marcantes e o jogo que não sai da memória. ‘Gol inesquecível foi na estreia com a seleção, um gol de bicicleta, foi Também o mais bonito. A partida especial foi na semi final da Liga Nacional de Futsal 2019, jogo contra o Jec Krona onde estava toda minha família e amigos vendo o jogo em Joinville, fiz 2 golaços e vencemos por 7 a 0 com o ginásio totalmente lotado”.


Artilheiro nato, Charuto fala com alegria por ser um dos artilheiros do futsal nacional. “Sou muito feliz e grato a Deus por tudo que me tornei, não me considero melhor que ninguém, mas hoje não posso negar o reconhecimento pelo meu trabalho. Tenho estado ha anos entre os melhores pivôs do Brasil! Sigo trabalhando muito em busca de evoluir sempre mais, aprender todos os dias e sempre ajudo crianças e jovens que me pedem dicas. Procuro responder a todos porque sei como é importante pra eles ter esse apoio’.


Ele ainda cita a maior alegria e decepção na carreira. “Maior alegria foi poder dar orgulho para as pessoas que sempre estiveram ao meu lado e sempre acreditaram em mim! Ver o sorriso deles é a minha maior alegria. E a decepção foram muitas, nosso esporte não é fácil, só quem vive do Futsal sabe como a luta é muito grande! Em 2017 fui enganado por um clube do Rio Grande do Sul chamado Flores da Cunha, e ali foi o momento mais difícil da minha carreira e de decepção, mas superei e segui meu caminho”.


Charuto revela o desejo de ser campeão mundial com a Seleção Brasileira “Estou sempre pronto, sei que a concorrência é gigante e que o Brasil tem tantos craques, mas eu sigo Trabalhando muito pra quando chegar minha hora! Espero ser o 9 do Brasil no próximo Mundial, será um sonho’.
O quarteto campeão do Magnus é lembrado durante a resenha como um dos melhores do país e melhores companheiros de quadra. “Ficou pra história do Magnus e por uns três anos foi o melhor quarteto do Brasil ( Eu , Rodrigo capita , Lino , Leozinho) quem viu esse quarteto viu ! E fora da quadra tenho grandes amigos, não vou citar nome de todos pra não esquecer alguém”.


Falcão escolhido como ídolo e melhor jogador que Charuto viu jogar. ‘Sem dúvidas é o melhor de todos os tempos, e tive o prazer de jogar ao lado dele e ser campeões juntos”. Pivô nato, ele ainda revela os mais difíceis de driblar. “o fixos adversários são os que incomodam , um dos que mais eram difícil de enfrentar Nenê , Pelé e Neto”.


Dentre tantos aprendizados com treinadores, o mister Ricardinho escolhido como o melhor técnico. “Trabalhei com muitos treinadores bons, muitos mesmo e aprendi com todos e tenho um respeito enorme na base: Nelsinho Carvalho e no profissional Ricardinho. ‘É ter humildade em todos os momentos da vida! Dar valor as suas conquistas, nunca pisar em ninguém e saber que o mundo gira muito rápido, por isso sempre faça o bem’.


Todo atleta profissional passa por situações inusitadas ou engraçadas, com Charuto não é diferente. ‘Quando fomos campeões mundiais na Tailândia, pegamos o Vôo para o Brasil e viemos tomando Amarula , no meio do vôo caiu Amarula na minha camisa do Magnus , eu tirei e deixei no cantinho pra secar, a aeromoça passou e nós pedimos mais Amarula, então ela disse que havia acabado, nisso o Éder lima pegou minha camisa e deu pra aeromoça e disse. Pega essa camisa de presente e traz mais Amarula” ela pegou e trouxe , ganhamos mais bebidas mas fiquei sem a minha camisa, cheguei no Brasil um calor danado e eu de blusa porque a tinha ficado com a aeromoça”.


Campeão da Liga Nacional pelo Magnus em 2020 Charuto faz uma avaliação da competição nacional. “Sempre muito disputada, uma das Ligas mais difíceis do mundo ! Já cheguei em quatro finais e das quatro ganhei uma, dá pra ver o quanto é difícil esse campeonato! Todo ano revela jogadores. Acho que deveria ser mais fácil o acesso para o público poder assistir em casa”.


No final da resenha Charuto revela o que representa o futsal na sua vida e faz uma avaliação a modalidade . ‘Futsal é minha vida, eu respiro Futsal , sou muito apaixonado por esse esporte, ele me deu tudo. Acho que a modalidade ainda precisa melhorar muito em alguns aspectos como estrutura, divulgação, mais canais de TV transmitirem, organização de quem comanda o nosso esporte! Mas também vejo muito mais ligas surgindo pelo mundo , é o esporte mais praticado no mundo todo, meu sonho é que todos os clubes grandes do futebol fizessem também um time de futsal”.


Charuto escala os melhores atletas por posição que já jogou com ele
Goleiro Tiago
Fixo Shumacher
Ala Direita. Lino
Ala Esquerda Falcão
Pivô. Simi
Técnico: Ricardinho

Fotos: Rafael Pontes e Guilherme Mansuetto/Foto Arquivo Charuto

Posts Relacionados