Rafa Martins Pivô artilheiro do futsal paranaense

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Nosso quadro craque da bola recebe hoje um pivô artilheiro do Chopizinho que teve uma ótima passagem por Campo Mourão. Rafa Martins conta a sua história, gols, dificuldades, títulos e muito mais. Uma resenha descontraída que você acompanha a partir de agora no Resenha CM. 

            Natural da capital paulista, Rafael iniciou no futsal muito novo com apenas cinco anos de idade, teve uma passagem pelo futebol de campo e voltou para ficar e marcar a carreira no futsal. “Iniciei no Futsal com cinco anos, fiquei até os 15. Depois tentei futebol de campo, me profissionalizei com 19 anos e joguei até os 22 anos. Depois disso voltei para o futsal onde estou até hoje”. 

             A distância da família foi a principal dificuldade no começo da carreira e hoje é a competitividade. “ A distância da família é uma coisa que o atleta se acostuma, mas que vai sempre ser uma dificuldade na sua trajetória. Em alguns momentos a falta de conforto, e outros raros até falta de alimentação em alguns lugares que passei, por estar perseguindo um sonho de criança. Hoje a dificuldade é se manter competitivo, penso que o futsal é um esporte que exige a todo o momento do atleta, dentro e fora de quadra, mas mesmo sendo uma dificuldade é o que mais motiva! A vida é feita de sacrifícios, e esse é um que amo fazer” 

            Rafa cita as principais dificuldades para a profissionalização de um atleta. “Eu acho que ainda é o monopólio que existe dentro do esporte de alto rendimento, no futsal acontece menos, mas o nosso futebol infelizmente vai para frente quem tem contato influente dentro das equipes. No futsal, penso que ainda se prioriza o talento e o tanto que o jovem está realmente empenhado, ainda bem, espero que isso não mude, e que continuemos a ter todo ano muitos talentos”. 

            Na oportunidade rafa relata uma experiência ruim que aconteceu com um representante. “A minha no futebol foi exatamente ter uma pessoa mal intencionada do meu lado, fiquei “preso” em um contrato de “representação” e quando tive uma oportunidade real no futebol (que quase sempre é só uma) ele melou por querer somente dinheiro no momento. No futsal não tive nenhuma dificuldade, a não ser entrar em quadra e mostrar que era capaz”. 

            A família sempre incentivou Rafa na carreira, em especial o pai Laudo. “Sempre amou o esporte e mesmo tendo acompanhado pouco, ele era além de dedicado uma referência de como deve se comportar dentro das quatro linhas”. 

            Rafael revela também os ídolos do futsal e também do futebol. “No futebol tenho alguns que admiro, sou fã de quem tem uma qualidade técnica apurada e inteligência para jogar, então, no futebol vou ficar com Messi por acompanhar desde início, mas sempre olho lances e até jogos inteiros do Djalminha. E no futsal é o Lenisio, além de um monstro em quadra e especialista no 1 a1, é um exemplo de líder e humildade, tive o prazer de conhecer e atuar com ele alguns jogos, fora de série mesmo”. 

            E os treinadores que marcaram a sua carreira? Rafa fala dos que foram e são importantes na carreira. “Eu sempre procuro aprender muito com quem trabalho, gosto de extrair conhecimento, isso me ajuda como atleta. Pode parecer demagogia, mas não é, aprendi muito com Alemão técnico do Campo Mourão , me fez enxergar qualidades em mim que eu já tinha, mas que as vezes fazia sem perceber, me fez ter leitura disso e com isso sinto que aprimorei muito meu jogo. E outro também é o meu primeiro treinador quando voltei do futebol para o Futsal, o Jô da saudosa Wimpro, aprendi muito com ele também. Mas claro, esse ano com Paulinho, próprio Edilson Leite , são feras do nosso esporte, e aprendi e aprendo muito”.

            No futebol de campo Rafa Martins atuou no São Caetano, Suzano futebol clube ( onde se profissionalizou ) e por último estava no sub 23 do Bahia. No futsal o pivô passou por Wimpro futsal, São Bernardo Futsal, Concórdia, Mogi, Dracena Futsal, a ACMF Campo Mourão e atualmente no ACEL Chopinzinho. 

            Dentre os títulos que  ele conquistou, estão campeonatos regionais e Jogos Abertos em São Paulo. Ele lembra com carinho do título dos Jogos abertos. “Na época era um campeonato bem disputado, com até equipes da Liga Nacional, foi legal conquistar pela dificuldade daquele ano”.

            Rafa lembra da passagem por Campo Mourão. “Foi muito boa! Como disse aprendi muito com Alemão, cresci no meu trabalho, cidade muito boa de se morar, acolhedora, fora as amizades que fiz, rapaziada do Ponto Certo o Felipe, Gustavo enfim, muito boa mesmo”. 

            Foi atuando por Campo Mourão ele escolhe o jogo e o gol inesquecível “O gol mais inesquecível foi infelizmente quando fomos eliminados pelo Foz. Mas as circunstâncias o tornam importante para mim, empatamos em 2 a 2 lá em Foz, e eu atuando por Campo Mourão, mas eu tinha perdido o 1 jogo por causa do acidente que sofremos umas semanas antes, joguei com a mão quebrada e tal, primeiro jogo pós acidente, foi um gol importante pra mim, mesmo não vindo a classificação na época. E o gol mais bonito foi contra a equipe do Guaratinguetá pelo Paulista de futsal, atuando pelo Dracena, quase entrei com bola e tudo”

            O artilheiro fala da maior alegria e decepção na carreira. “Minha maior alegria é ainda estar no dia-a-dia, treinos e jogos, é o que me deixa mais feliz dentro do futsal. E a maior decepção é quando não posso estar nesse dia a dia, e perder jogos por causa de lesão”. 

            Os principais companheiros também são lembrados na resenha. Os mais difíceis de passar ele também conta. “Acho que João, zagueiro, mas tinha muita classe jogando, bom mesmo no futebol de campo. Futsal tem alguns, mas mesmo no fim de sua carreira e jogando jogos universitários, foi o Lenisio, craque. O mais chato que joguei contra é o Gadeia, muito bom mesmo! Claro que tem o Falcão também, mas não caia tanto do lado dele , então o Gadeia foi o mais difícil, tanto ofensivamente e defensivamente! 

             E sonho do artilheiro? “É desfrutar ao máximo esse tempo como atleta, de modo que eu não tenha nenhum ou poucos arrependimentos quando essa fase passar em minha vida! E com certeza aprender todos os dias a ser grato a Deus e passar isso adiante para as pessoas, porque na verdade só isso que importa! Deus é tudo! “

            Rafa faz uma análise do futsal ultimamente e os jogos sem torcida. “Continua competitivo, acho que ainda nosso futsal é o melhor, mas infelizmente não é o maior em algumas questões, espero que não aconteça ao futsal o que aconteceu com futebol, para que não se perca a essência do atleta brasileiro. Jogos sem torcida é ruim. É o que move o esporte, e não só esporte, o ser humano precisa disso, precisa do lazer, precisa estar com outras pessoas, e isso também faz parte para sermos pessoas saudáveis! Futsal é entretenimento, e sem torcida é ruim demais!! 

            Fechando nossa resenha fala o que representa o futsal em sua vida. “ O futsal é meu trabalho e ao mesmo tempo é um meio em que posso crescer como ser humano, por conviver com muitas pessoas e praticamente se tornar uma família por onde você passa, aprendo a ter mais paciência e ser menos egoísta por exemplo, é um meio em tantos outros de ser grato e glorificar a Deus. O futsal é como se fosse uma ” árvore ” para mim, dali tiro frutos, e também posso regar mais e mais coisas que possam posteriormente ser frutos para outras pessoas”. 

Rafa escala os melhores atletas por posição que já jogou com ele.

Goleiro Jholl ( ACMF ) 

Fixo  Emerson ( ACEL ) 

Ala Direita Dimas ( Concórdia ) 

Ala Esquerda Munim ( Concórdia ) 

Pivo Lenisio ( Faculdade Unip ) 

Técnico: Alemão ( ACMF ) 

Fotos: Arquivo Pessoal Rafa Martins – Diego Ianesko

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