Murilo Mendes “Sou grato por viver o Judô, esta filosofia de vida e pela família que ganhei no tatame”

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Natural de Londrina, destaque do Judô da cidade e do Paraná, Murilo Mendes participa do quadro Guerreiro das Artes Marciais e fala da sua historia com a modalidade. Desde criança já estava encarando adversários no tatame tornando-se  referencia em competições e como treinador.

 Por incentivo do pai iniciou na modalidade. “Iniciei aos 4 anos, já no judô. Meu pai escolheu o judô por referência do Sensei Eide Kawazoe, que conheceu e admirou pelas atitudes e falas sobre o esporte”.

                Além do pai, atletas da cidade foram inspirações para o guerreiro das artes marciais. “Quando já sabia o que estava fazendo ali, pois  comecei muito cedo, me inspirava nos atletas do próprio clube,  que sempre ouvia falar sobre os resultados deles, e que foi uma equipe de ponta no estado: Helder Faggion, os irmãos Kawazoe (Eidi, Lidio e Minoru), Marcelo Gaya, Fabio Degushi, Marcelo Missaka, Flávio Balan, entre outros. Minha inspiração vinha de “dentro de casa”, do próprio clube”

                A primeira luta foi aos cinco anos em um torneio interno. Aurélio Miguel é o grande ídolo da modalidade e a seleção o grande sonho. “Aurélio Miguel grande idolo, a quem admirei muito como atleta pelos resultados internacionais.

Maior sonho quando competia era chegar a seleção nacional, o que não aconteceu”.

                Dentre tantas lutas, Murilo cita o que trouxe maior ensinamento. “Foram grandes lutas , mas acho que a que mais me ensinou foi quando perdi a final dos Jogos Abertos do Paraná para o grande atleta Flávio Camargo, que foi o grande adversário na minha vida competitiva e meu algoz. Ali decidi que precisava mudar algo”.

                Títulos e conquistas ficam sempre na memória de qualquer esportista, foram diversas medalhas e troféus ao longo da carreira. Murilo cita alguns “Consegui vencer alguns paranaenses, medalhei em um sul-brasileiro e fui vice nos Jogos Abertos Brasileiro”.

                Murilo cita as principais dificuldades superadas ao longo da carreira. “As principais dificuldades que encontrávamos eram financeiras, por muitas vezes viajávamos durante a noite, chegávamos na madrugada e esperávamos o horário de ir ao ginásio”.

                Durante a resenha Murilo cita sobre a preparação de campeonatos e o que costumava fazer antes de entrar no tatame. “A preparação para competir iniciava sempre com dietas, para conseguir entrar na categoria de peso. Estudávamos possíveis confrontos e tentávamos nos preparar para tal. Treinos específicos de situações de lutas para preparar o psicológico. No auge do meu período competitivo, treinava todos os dias, inclusive aos domingos, por vezes treinos duplos, físico e depois técnico. Antes das lutas, tentava mentalizar como iria me comportar, trazer a tona as situações que haviam sido treinadas e focava sempre no próximo adversário, meu objetivo sempre foi vencer uma luta, depois outra, outra e assim por diante, até chegar a final”.

                Na oportunidade Murilo cita o período como treinador e conta a diferença de ensinar e estar disputando uma competição. “Sem dúvida lutar é mais fácil, pois dependemos somente de nós”. Ser técnico é sempre um teste cardíaco, pois sabemos o potencial do atleta e não podemos ajudar no momento da luta, apenas orientar e torcer para que consiga dar o seu melhor”.

                No final da resenha Murilo fala da importância do Judô e o que representa a modalidade em sua vida “O judô na minha vida me deu uma juventude saudável e uma profissão quando adulto. É uma filosofia de vida que levamos para fora do dojo, seus ensinamentos nos tornam adultos melhores, capazes de analisar situações e tomar decisões mais acertadas. Não sei dizer o que o judô mudou na minha vida, já que vivo o judô desde os 4 anos. Sei dizer que sou uma pessoa que cultiva as boas amizades, disposto a ajudar, que me entrego ao que precisa ser feito, que gosto de me manter ativo, cuidar da saúde e competir. Tudo isto, com certeza veio da minha vivência neste esporte maravilhoso. Como seria se não tivesse feito judô, não sei, o que sei é que sou grato por viver este esporte, esta filosofia de vida (de respeito ao próximo) e pela família que ganhei no tatame”.

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