Jordan, De promessa do Karatê até atleta destaque e professor da modalidade

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Nosso quadro Guerreiro das Artes Marciais traz a história de Jordan Duzanowiski Bonfim, uma promessa do Karatê mourãoense que tornou-se realidade conquistando títulos e agora também como professor ensinado crianças e jovens a arte e técnica da modalidade. Uma resenha diferenciada que você acompanha a partir de agora em nosso site.


Uma das grandes inspirações foram os filmes de ações que Jordan acompanhou na TV. ‘Sempre gostei de artes marciais, não resistia e tinha que assistir quando passava um filme do Bruce Lee, Jackie Chan, Van Damme, Chuck Norris, Karatê Kid, etc. Ficava impressionado com as habilidades, chutes altos, velocidade, e sempre tive vontade de fazer algo parecido”.


E ainda criança a curiosidade e o amor pelo Karatê começou para a despertar em Jordan. ‘Quando eu tinha nove anos vi um kimono e a faixa cinza de meu amigo em sua casa, ele me falou que fazia Karatê e me deixou intrigado e fui fazer uma aula na mesma semana. Me encontrei lá, cada aula resultava em evolução, grande ou pequena, e mesmo sendo uma Arte Marcial, ou seja, com seriedade e concentração sempre tinha os momentos de recreação entre os amigos”.


Jordan fala sobre as dificuldades da modalidade. ‘Uma das dificuldades encontradas em ser atleta competitivo de karatê é diferentemente do UFC ou outro esporte que você já tem ideia contra quem você irá competir, no karatê são reveladas as chaves da competição dias antes da mesma. Então não dá para fazer uma preparação para lutar com alguém específico, devemos estar preparados para tudo”.


Os pais e o sensei foram os grandes incentivadores na carreira. “Quem me incentivou sempre foram meus pais, que viam que eu amava fazer aquilo e meu Sensei, Luciano Jorge Holler, que sempre acreditou em mim e me ajudou em todos os momentos. Pra mim, minha maior inspiração no Karate é meu Sensei, com sol, chuva, sábado, domingo, todo dia ele estava disposto a fazer o que era necessário para atingir seus objetivos, e ele me puxava junto sempre. Chegamos a treinar todo dia de segunda a domingo, quando era treinamento de rendimento ficávamos treinando duas horas e sempre me motivando. Eu nunca vi ele se colocar pra baixo, se rebaixar ou falar que era péssimo, mesmo tendo um resultado que não fosse agradável. Ele apenas treinava mais duro e focava no que era necessário, e isso eu aprendi junto”.


Mesmos distantes a admiração e o respeito pelo sensei Luciano continua. ‘Atualmente ele está morando longe e não treinamos mais juntos. Ele ficou 1 ano sem vestir seu kimono, por conta do trabalho, e voltou a treinar no final do ano passado, e com todas as dificuldades ele posta seus treinos e eu sempre fico admirado com sua disciplina que tem com seus objetivos. Acho que somente nesses poucos meses ele já treinou muito mais que muita gente que arranja desculpas”.


Durante a resenha Jordan lembra da primeira vitória e principal conquista. “Minha primeira vitória foi ter conquistado o segundo lugar na minha primeira competição Paranaense, não foi de ouro, mas significou muito para mim e me motivou ainda mais a continuar e buscar melhorar sempre. No último ano conquistei a medalha de bronze em uma das etapas do Campeonato Brasileiro, e no final do ano me tornei um faixa preta pela Federação Paranaense de Karatê, foi um ano ótimo. Mas acredito que a maior conquista para mim foi ter me tornado um professor de Karate a pedido do meu Sensei, é uma honra poder compartilhar o conhecimento cultivado nos últimos 10 anos. Mais incrível que estar no pódio, é ver um aluno seu lá em cima, não tem preço.


Na oportunidade Jordan revela como é realizada a preparação para uma luta. “É feita considerando o tempo até a competição, quanto mais distante se trabalha ,mais o desenvolvimento da parte física e as técnicas em cadeia fechada, ou seja, mais exercícios combinados. Perto da competição é reduzido a intensidade dos treinos físicos e aumenta a cadeia aberta, que são exercícios que força o atleta a pensar rápido e utilizar suas técnicas no momento e distância certa”.


O período de treinamentos é extremamente importante. “Geralmente os treinos são de 1 até 2 horas por dia no dojo, sendo eles divididos em parte física, técnica e tática. A parte técnica engloba os treinamentos específicos para os movimentos utilizados na luta, enquanto a tática é para aprimorar e fazer com que o atleta entenda quando e como utilizar as técnicas desenvolvidas, resumindo, saber a situação ideal para utilizá-las. E a parte física serve para impulsionar a técnica com força e velocidade’.


O que o guerreiro das artes marciais costuma fazer antes de entrar no Tatame? Jordan responde. ‘Eu fico um tempo sozinho de olhos fechados, relembrando o porquê de eu estar ali, o meu objetivo e todos que me ajudaram chegar até ali. Depois que abro os olhos novamente, só existe um foco naquele momento, a competição”.


O Karatê nas olimpíadas também foi tema da resenha. “O karatê ter conquistado seu lugar nas olimpíadas de 2020 foi algo a ser comemorado por todos que a tanto tempo sonhavam com isso. Infelizmente não teremos esta modalidade em Paris 2024, e por conta disso o karatê esportivo está tendo mudanças em suas regras para que volte em 2028 na próxima Olimpíada. Hoje o karatê no Brasil está muito evoluído, temos a seleção brasileira que está fazendo um trabalho muito bom e em nosso país temos nomes muito famosos ao redor do mundo, como Douglas Brose e Vinicius Figueira”.


A modalidade está presente em diversas escolas no Brasil. “Uma forma de enriquecer não somente a parte física dos alunos, principalmente dos menores. Aprendem a ser disciplinados, ter autocontrole, respeito, verdade, caráter e esforço. Estes estudantes irão crescer aprendendo que para conquistar algo, seja uma nova faixa, ou uma nota melhor na escola, será necessário seu próprio esforço, e que não há nenhum problema em pedir ajuda para quem já tem experiência para auxiliá-lo e tirar suas dúvidas”.


De promessa a professor de Karatê, Jordan fala do crescimento na modalidade. ‘Ensinar o karatê, para mim é simplesmente irreal, uma honra e um prazer imenso. Ser chamado para dar aula pelo meu mestre foi um susto e emocionante, por ele ter depositado tanta confiança em mim. É incrível ter a oportunidade e a responsabilidade enorme de passar meus 10 anos de karatê para meus alunos, e principalmente observar a evolução constante de cada um e como eles crescem não tem preço. Em uma competição, ver seu atleta no pódio, como disse antes, é satisfatório demais. Eu sei o quanto eles treinam, sábado, domingo, até em dias que acho que não iria ninguém na aula por conta do tempo, sempre aparecem. Não somos professor e alunos somente, somos todos amigos e companheiros de tatame.


No final da resenha Jordan fala o que a modalidade representa em sua vida e seus sonhos. “A arte marcial para mim representa tudo, tenho certeza que eu não seria a mesma pessoa que sou hoje se não fosse pelo karate. Tenho quase 20 anos e eu comecei o karate com 9, então metade da minha vida eu não só treinei karate, mas eu vivi o karate. Toda a disciplina, determinação, foco, respeito, autocontrole não vale somente dentro do tatame, mas em todas as áreas da vida. Meu sonho como técnico é a evolução da nossa equipe e que esse ano, todos de nosso dojo que participam das competições medalhem nos Campeonatos Paranaenses.


A próxima competição de Jordan será a etapa classificatória do Campeonato Brasileiro em Joinville/SC, e buscará a classificação para a fase final

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