Guerreiro das Artes Marciais, Luis Fernandes, oito vezes campeão paranaense de Sanda/ Boxe Chines

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Hoje o Guerreiro das Artes Marciais conta a história de Luis Fernandes, ex atleta de Sanda Boxe Chines,  professor da modalidade que tem elevado o nome de Campo Mourão em diversas competições com guerreiros da cidade. Durante a resenha ele conta sobre desafios, sonhos conquistas.

            Natural de Cuiabá e com uma infância com muita alegria. “Sempre tive muitos amigos, lembro de jogar bola descalço nas ruas de Santo Antônio do Leverger, de participar das festas típicas do estado, como o Cururu, festa do Boi, era bem bacana, pois havia um grande envolvimento dos Cuiabanos, era um momento de divertimento, são boas lembranças”.

            Além dos filmes de ação, a procura pelas artes marciais foi para se aperfeiçoar e o estudo para contribuir em sua profissão. “Sempre gostei de luta, meus filmes prediletos envolviam atores como Chuck Norris, Jean Claude Van Damme, Jet Li entre outros. Porém, o que fez buscar a luta em si foi o trabalho, pois atuava e ainda atuo na Segurança Privada, e até abril de 2007 não tinha havido a necessidade de buscar tal qualificação, porém, naquele ano, vi a importância de se obter técnicas das quais me colocaria em uma posição mais segura quando confrontado”

            Em 2007 com incentivo do grande lutador Markine (In Memorian) Luis iniciou nas artes marciais. “Comecei em abril de 2007, a primeira academia da qual treinei foi na extinta Dinâmica, lá foi recepcionado pelo finado Mestre Markine, professor do qual obtive o meu (sexto nível), graduação equivalente ao primeiro duan na faixa preta. Mestre Markine, cara que tinha um carisma sem igual. Ele sabia como administrar um treino, uma aula, ele nos fazia chorar no tatame, mas depois, nos mostrava o significado daquele esforço”.

            Além de Markine, Luis faz questão de lembrar de pessoas importantes que contribuíram para ser um dos grandes nomes da modalidade. “A competir, com certeza o Mestre Markine foi o grande incentivador e ídolo que tento sempre me espelhar,  além de amigos que sempre estiveram ao meu lado, poderia citar vários e seria injusto deixar qualquer nome para trás, então, citarei alguns daquele que participaram de praticamente todos os eventos que lutei: Professora Alice, Prof. Wellington, Prof. Mackson, Prof. Vilmar, Prof. Luiz Carlos, Instrutor Jhon, Monitor Gustavão, Monitor Junior Silvestre, meu grande amigo e irmão Eduardo (Mega), este não posso deixar de citar, pois é um cara que tenho um grande respeito. Eu agradeço cada um, pois foram muito importantes neste meu trajeto. Peço mil desculpas se esqueci de citar alguém”.

            A primeira vitória aconteceu na IV Copa Dragão de Kung Fu Wushu, 2008, um campeonato regional. A partir daí foram muitas conquistas até se tornar professor. “Sou professor de Sanda / Boxe Chinês, modalidade da qual mais me empenhei, nesta, em campeonatos oficiais, fui oito vezes campeão paranaense, segundo e terceiro lugar em campeonatos brasileiros, e também já lutei em diversos outros eventos, como amadores e profissionais, dos quais eu recebia para lutar. Também treinei Jiu-Jitsu, meu primeiro professor foi o Juninho Koch, na época, Gracie Barra, depois, professor Kayo Borghi da Checkmat, professor que confiou a faixa azul, e por último, o Professor Daniel Ramos, professor que me deu o último grau. Infelizmente devido as disponibilidades de horários e trabalho não consegui conciliar o meu retorno ao Jiu-jitsu, mas prometo voltar, inclusive, fiz essa promessa a outro professor que sempre foi muito atencioso e hoje atendemos na mesma academia, professor João Guedes.

            A questão de investimento sempre é a grande dificuldade dos atletas de artes marciais e com Luis não é diferente “O primeiro é o incentivo, o apoio de familiares e de pessoas que tem autonomia para patrocinar um atleta. Mês que vem, por exemplo, outubro, acontecerá o Campeonato Paranaense de Kung Fu Wushu, qualquer atleta mourãoense que quiser participar terá de desembolsar suas despesas com alimentação, transporte, suplementação e inscrição! Portanto, a falta de patrocínio faz com que um atleta se divida entre o esporte e seu trabalho, ele não conseguirá se dedicar exclusivamente para o evento do qual participará, logo, como conseguir se destacar no meio daqueles que só vivem pelo esporte. É complicado”.

            Na oportunidade Luis fala dos grandes aprendizados que são aprendidos durante uma derrota. “Tive derrotas, mas nenhuma por falta técnica ou por falta de dedicação, portanto, foi mérito de meus adversários, por isso, eu os respeito. Cito seus nomes, Luciano Zampieri, do qual me deve um nariz novo, e Wagner Ortiz, atleta duríssimo, inteligente e estratégico. Claro, como já citado, tive outras derrotas, mas esses são os atletas dos quais eu tenho admiração”.

            O guerreiro das artes márciais fala da preparação para uma luta e o tempo de treinamento. “´E difícil, pois você tem de conciliar seus treinos com a balança, peso acima do estabelecido, desclassificação. Quanto ao treinamento, temos que saber que existe a “aula” horário em que todos estão lá, iniciantes, graduados, amigos etc, e o “treino”, onde o filho chora, e mãe não vê (risos) Temos de dividir os atletas daqueles que visam apenas o condicionamento físico. Portanto, o treinamento é mais intenso, principalmente no quesito combate. A duração depende da disponibilidade do atleta, eu treinava em torno de três horários por dia. Nunca busquei outra atividade para aprimorar meu desempenho na luta, logo, só treinava técnicas em aparadores, corridas, e sparrings. Essa era e é uma de minhas falhas, pois nunca fiz musculação, e é muito importante o fortalecimento muscular, pois evita possíveis lesões, principalmente para um atleta”.

            No final da resenha Luis analisa as artes marciais no Brasil. “Um comércio, onde pessoas despreparadas têm ganhado muito espaço”. Ele cita ainda o que representa o boxe chines em sua vida. “Disciplina, respeito, autocontrole, companheirismo. Hoje estou aposentado. Porém, meus alunos estarão presentes no Campeonato Paranaense e no Jogos Abertos deste ano! Vaamos torcer por eles”.

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