Hoje nosso quadro Fera do Esporte Mourãoense está muito especial, conta a historia de uma família mourãoense que reside em Maringá que tem se destacado pelo amor ao esporte. Frank Zagotto a esposa Rosilda e a filha Natassia que é cadeirante com determinação, união, superação e força de vontade participam de diversas corridas no Paraná e no Brasil. Em entrevista ao Resenha CM Frank fala sobre a paixão pelas corridas, desafios e histórias que tem marcado a família durante as provas.
Ativo na pratica de esportiva, Frank conta como foi o início da atividade física da família. “Sempre gostei de praticar esporte, pedalo desde sempre, minha esposa quando casamos era bem sedentária, e quando Natássia nasceu por conta de todos os percalços que passamos as atividades foram deixadas de lado, mas com o passar do tempo as coisas foram se acertando e nesse meio tempo minha esposa resolveu que iria emagrecer. Para isso ela começou uma dieta junto com prática de esporte, inicialmente ela fazia academia junto comigo, mais tarde ela partiu para correr e eu já fazia pedal. Mas faltava a Nati entrar na jogada daí começamos a correr juntos, pois a corrida é o esporte mais fácil para adaptar para cadeirante”.
E a partir daí a filha Natássia é a que mais incentiva a família na prática do esporte. “Teve uma etapa do Brasileiro de atletismo aqui em Maringá e como a Caixa era patrocinadora na época, foi feita uma corrida com os empregados da Caixa, a Natássia estava assistindo e um amigo resolveu que ia correr com ela, daí para frente não paramos mais”.
E como é correr junto com a Família? Frank responde. “Correr com a família é maravilhoso, correr com a esposa e filha é tudo bom, tem uma coisa interessante, nós sempre em todas as corridas saímos por último, porque não atrapalha ninguém a gente acaba passando muitas pessoas que estão caminhando, invariavelmente essas pessoas vendo passar uma cadeirante , começam a correr de novo”.
Foram mais de 50 corridas no Paraná e pelo Brasil e Frank relata algumas especiais. ”A primeira que a gente correu é claro, a Meia Maratona do Rio pela beleza e dificuldade, Volta da Pampulha em Minas Gerais, 10 milhas Garoto no Espirito Santos, as provas de Tiradentes em Maringá, mas a que mais me marcou foi a São Silvestre, essa corrida todo mundo que corre deve disputar pelo menos uma vez na vida, o clima, as pessoas, alegria são muito marcantes”.
Uma prova de Tiradentes ficou marcada pela emoção para toda a família. “Nos primeiros metros quebrou uma das rodas dianteiras da cadeira da Nati, mas resolvemos correr mesmo assim, com muito cuidado para não derrubar a minha filha, corri quase 10 km somente com três rodas, quase acabando a prova uma moça que estava dando água aos participantes entrou na frente da cadeira, tive que parar bruscamente e cadeira começou a virar, consegui segurar a Nati para amenizar o tombo, cadeira de roda para cima eu a Nati no chão, minha mulher nos olhou e falamos juntos vamos terminar esse negócio, viramos a cadeira colocamos a Nati em cima e partimos finalizar a prova, na chegada foi muito emocionante porque todos que estavam assistindo começaram a aplaudir e gritar “.
Mas também tem uma historia que ficou marcada e que terminou mais tranquila e bem humorada pelos participantes da prova junto com a família. “Teve uma vez que estávamos correndo em Maringá e chovia muito, eu estava com uma caixa da JBL na cadeira da Nati, nós escutamos música para ajudar na corrida, até para não atrapalhar os outros o som sempre é baixo, mas começou a tocar “Será” do Legião Urbana, dai resolvi aumentar o som, a galera que estava ao lado começou a Cantar junto quando eu vi estava todo mundo cantando e chuva caindo, quando a música acabou todo mundo bateu palmas, foi bem legal”.
Um outro momento especial aconteceu em 2016 quando Natassia conduziu a Tocha Olímpica. “Nati viu que Coca-Cola estava com uma promoção onde você contava sua história e se fosse classificada você seria um dos condutores da tocha. Ela contou que corria conosco e ela foi uma das escolhidas, a coca cola mandou um monte de brindes, e também nos deu a Tocha, que na época era vendida somente aos condutores por R$ 2 mil. Foi uma das coisas mais emocionante de nossas vidas”.
No final da resenha Frank fala sobre o aprendizado e o sonho da família. “Ainda não fizemos Maratona, mas uma meia maratona, a meta é corrermos uma maratona esse ano. Nossa intenção é correr a maratona de São Paulo e nosso sonho correr a de Nova Iorque, quem sabe né. A Família é tudo, o esporte é mágico, e quando você junta as duas coisas é maravilhoso