Eduardo Akira e a paixão pelo Triathlon

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Nesta terça-feira (26) foi comemorado o dia do Triathlon Modalidade que é composta por natação, ciclismo e corrida e foi iniciado em 1970 em San Diego. A primeira competição aconteceu no Iron Man em 1978. Em 2000 se tornou olímpica nos jogos de Sidnei na Austrália.  No Brasil tem ganhado popularidade e adeptos que estão praticando. Um dos apaixonados pelo esporte é o Secretário de Desenvolvimento e esportista Eduardo Akira Azuma que já participou de competições e treina durante a semana as três modalidades que compõem o esporte. Em entrevista ao Resenha CM ele conta sobre a paixão pelo esporte

            Apaixonado por esportes desde criança, Akira iniciou no tênis e acompanhava somente notícias sobre o Triathlon. “Eu sempre gostei de esportes, pratiquei tênis durante bastante tempo, desde criança ia para campeonatos em Cascavel, e sempre fui estimulado pelo meu pai. O Triathlon era algo completamente distante de mim, achava que era um monte de atletas de outro planeta, para aguentar os treinos e as provas. Acompanhava algumas notícias do Ironman, que é a prova (e uma marca) que popularizaram a modalidade no país, e achava demais os atletas fazerem as três modalidades ao mesmo tempo, sendo que eu não aguentava nem correr direito”.

            Para buscar um novo desafio e evitar cair em uma depressão após o falecimento do pai, Akira se inscreveu no IronMan, considerado o maior circuito de Triathlon do mundo. “Quando eu tomei a decisão de começar a treinar e me inscrever na primeira prova, eu havia feito apenas uma meia maratona (21km) na vida. O principal motivo foi que meu pai tinha acabado de falecer de câncer, estávamos numa rotina bastante desgastante de cuidar, UTI, viagens etc, e para evitar de cair numa depressão ou algo semelhante, eu resolvi buscar um desafio que fosse grande o suficiente para me ocupar física e mentalmente durante aquele ano todo. Então me inscrevi numa prova de Ironman 70.3, ou meio Ironman. Nesta prova você nada 1,9 km; pedala 90 km e corre 21 km”

            Akira não recomenda iniciar com provas longas. Neste aspecto, eu fiz um percurso que não recomendo para quem se interessar pela modalidade, ao invés de começar por essas provas longas, acho menos traumático começar pelas provas mais curtas (sprint e olímpico).

            Allém do Iron Man 70.3  em Foz do Iguaçu, Akira já participou também da Itaipu Challenge Sunset Foz do Iguaçu (uma das únicas noturnas no mundo), Eco Triathlon Cascavel (sprint: 750m de natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida) e o Circuito Renault de Triathlon Olímpico de Caiobá (1,5 km de natação; 40 km de ciclismo e 10 km de corrida).

             E a preparação para as provas? Akira relata que é a fase mais difícil, por exigir empenho e determinação. “A preparação é a parte mais difícil do triathlon, e não a prova em si. Isso por que exige principalmente dedicação e compromisso com os treinos e com a rotina, conciliando agenda de trabalho, familiar, social etc. A preparação para provas de longa distância envolvem dois treinos por dia na maior parte da semana, envolvendo uma das três modalidades e academia. Nos finais de semana ocorrem os treinos longos, em que você passa 4 horas, 5 horas em cima da bicicleta treinando. ”

            Um dos fatores importantes também é a alimentação. “ Akira fala da importância de estratégias para estar bem durante a prova. “Nesses treinos você também aproveita pra ir testando estratégias de nutrição ( o que comer durante a prova e a cada quanto tempo) os equipamentos, roupa…porque como a prova é longa, uma costura, uma meia, um tênis que não está na medida pode te tirar de uma prova que você passou o ano todo se preparando.

Nós brincamos que o triatleta é como um pato: nada, corre e voa mas não faz nada direito. Eu creio que tenho mais facilidade no ciclismo. A corrida é onde todo triatleta paga os seus pecados… pois a ordem das provas é: natação, ciclismo e corrida”

            Na oportunidade Akira fala das provas mais difíceis do Triathlon, a mais desgastante.  “ O Ironman full, cujas distâncias são 3,9 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida. Existem outras provas bem mais difíceis, que envolvem distâncias absurdas como o total de 515 km do Ultraman. Das provas que eu fiz, a mais difícil foi o Itaipu Challenge Sunset Foz do Iguaçu (1,9km de natação, 90km de ciclismo e 21 km de corrida). Não apenas pela distância em si, mas nessa prova você começa nadando no Rio Paraná, na Itaipu do seu lado paraguaio, pedala dentro da usina e corre também ali. Além do lago de Itaipu ser muito turbulento, com muita correnteza e ondas, essa prova é uma das únicas que acontecem em boa parte a noite. O ciclismo e a corrida acontecem a noite. Quando eu fiz, me perdi de bicicleta no meio da escuridão naquela barragem da usina… estar sozinho e perdido ali naquela imensidão de água, altura e concreto é um exercício de autocontrole”.

            Akira faz uma análise da modalidade no país. “Pratico Triathlon desde 2016, então me acho um novato ainda na modalidade. Mas pessoalmente, observo que o Triathlon virou muito sinônimo de Ironman, o que afasta muitos praticantes pelo valor das inscrições, tempo de dedicação aos treinos, gastos com equipamentos etc. Deveria ser trabalhado as modalidades mais curtas, até pra que os atletas tenham o esporte para o resto da vida. As cidades do interior como Campo Mourão possuem todas as condições de se treinar, inclusive com bons treinadores para quem quiser praticar. Outro ponto é que às vezes se cria uma imagem de que precisa ser magro e ter uma ótima condição física para começar. Isso vem com o treino, nas provas longas os biotipos são os mais variados possíveis, as idades e os gêneros também”

            Na ocasião Akira lembra de três mourãoenses destaques no Triathlon “Em Campo Mourão tem  o Iduarte Ferreira Lopes, que é um dos poucos no país que participou de todas as etapas de Ironmans em um ano. O Henrique Pedroso que disputa campeonatos mundiais, e o Ricardo Alleman, que hoje inicia muitos atletas na modalidade”.

             Para fechar a resenha Akira cita que o mais importante é completar as provas do Thriatlon. “A maioria dos atletas amadores está lá para isso. A gente compete consigo mesmo, e isso não é desculpa de perdedor”.

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