Ei você aí, cuidado com o Sady, cuidado com o Sady. Quem acompanhou os jogos do Campo Mourão Futsal em 2013 e 2017 certamente já ouvi a torcida cantando essa música provocando o rival e apoiando o pivô Thiago Sady. E é com ele a nossa resenha do craque da bola desta semana. Natural de Apucarana com gols e irreverência fizeram sucesso no futsal paranaense.
Sempre gostou de competir, desde criança. “Eu comecei na escola com sete anos”. Nunca tive a pretensão de ser jogador, mas adorava jogar e competir, depois de mais velho acabei partindo pra essa aventura no campo e depois no futsal. Sady ainda fala da dificuldade em se profissionalizar “Minha principal dificuldade foi resolver um pouco mais velho me aventurar, perdi a “base” e isso me deu muitos vícios que atrapalharam quando tentei profissionalizar”.
Durante a resenha ele fala da dificuldade em controlar o ego. “A grande dificuldade é saber que nem todos serão estrelas, a grande maioria é operário, e isso frustra muita gente. A minha maior dificuldade sempre foi lidar com meu próprio ego, pois sempre achava que devia jogar, e nem sempre o treinador concordava, isso gerou alguns embates”.
O grande sonho era jogar uma Liga Nacional e também Sady fala sobre a inspiração no futsal. “Infelizmente acabou não acontecendo, embora bati na trave pelo menos umas três vezes em acertos com clubes. Inspiração dentro do esporte é difícil, nunca fui muito fanático, mas gostava muito de Romário no futebol e quando menino, Vander Carioca no futsal”.
Sady cita treinador de Educação Física Molina na escola como um dos incentivadores no inicio da carreira e o técnico Marcio Rinaldo como melhor treinador. Tive alguns incentivadores no caminho, mas quem apostou de verdade em mim, foi meu professor de educação física da escola, que acabou sendo meu procurador quando joguei campo. No futsal alguns ex-jogadores acreditaram em mim e me incentivaram quando decidi profissionalizar no futsal. Meus treinadores tiveram cada um sua contribuição na minha evolução dentro do jogo, mas em comum, todos tinham muita paciência com meus questionamentos. Eu citaria o Márcio Rinaldo por ter trabalhado em dois momentos distintos, e nos dois ele acreditou em mim.
O atleta já atuou em todas as divisões do futsal no Paraná, e conquistou títulos importante para a carreira. Passou por Mato Rico, Roncador, Ivaiporã e São João do Ivaí, Campo Mourão por duas vezes, Futebol de Campo no Uruguai e Castro. Sady fala da passagem por Campo Mourão. “Estive em dois momentos da minha carreira na cidade, primeiro em construção e aprendendo a jogar em alto nível, na segunda já estava melhor preparado, em ambas senti que daria pra ter ido mais longe nas competições, e nas duas acabei artilheiro da equipe nas competições”.
Sady ficou conhecido por um gol bonito em 2009 depois de três chapéus nos adversários que resultou em gol e escolhido bola cheia no programa do fantástico da rede globo. E em um amistoso entre os Bolas Cheias e Bola Murchas realizado no Maracanã Sady fez o gol dele. “tive alguns gols emblemáticos na minha carreira, pessoalmente gosto de vários, mas o mais famoso foi um que se tornou conhecido em rede nacional quando fui bola cheia do fantástico”
Sady cita o titulo da chave prata como mais importante da carreira e fala sobre as alegrias e decepções. “Meu título mais expressivo creio que seja a série prata de 2014 pelo Caramuru de Castro. Maior alegria sempre os títulos né, e decepção foi não conseguir encerrar a carreira da forma como eu queria. Ele ainda cita Falcao como melhor jogador de futsal que viu jogar e Romário no futebol.
No final da resenha Sady fala do trabalho de Tite na seleção. Admiro o trabalho do Tite, e fico revoltado com as críticas dirigidas a ele, pois ele sempre tem coerência e resultados, mas para os cornetas, isso não importa’.
Sady monta a seleção dos melhores com quem já atuou no carreira
Nikinha
Biju
Batata
Jabá
Pato
Fotos: Arquivo pessoal Sady –