Boca, Paredão Humano e goleiro artilheiro

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on email

Um paredão humano, que tem fechado o gol por onde passa, goleiro artilheiro Ederson Pereira da Silva Bruns, ou como é conhecido, o Boca é o convidado para a Resenha do quadro “Craque da Bola”. De uma família de esportistas e apaixonada por futebol e futsal Boca conta a sua trajetória no futsal a partir de agora no Resenha CM.

Influenciado e treinado pelo irmão Fabiano, o bocão, (que logo mais contará sua história aqui no site), Boca iniciou os treinamentos com quatro anos de idade “Meu início foi com meu irmão Bocão depois escolinha Tagliari. A partir daí mudei para SC e entrei no Joinville por 2 anos. A vitoriosa MALWEE por 4 anos e depois voltei a Campo Mourão para mais 5 temporadas. 2013 voltei a SC e em 2018 fui ao Paraguai onde fui Campeão da Liga Nacional e melhor goleiro por 2 anos consecutivos até o início da pandemia”.

A família unida contribui para o desenvolvimento de Boca e sendo um sonho realizado. “Meu maior sonho já se realizou, que era ter uma família maravilhosa”. Falando em família a inspiração em ser goleiro foi por ter visto o pai jogando debaixo das traves.” Sempre vi meu pai jogando no gol e ele foi uma inspiração pra mim. E meu objetivo sempre foi dar orgulho a ele”.

E os pais sempre apoiam e incentivam a carreira de Boca “Meu incentivo sempre foi minha família. Pai e mãe sempre viajaram juntos para jogos, dormiram em alojamento, cuidavam dos meus companheiros como se fossem seus próprios filhos. Se hoje eu jogo (ou jogava) era por eles e pela dedicação deles no início da minha carreira. Dentro de uma família de desportista creio que não há outro caminho e o apoio e os conselhos são sempre os melhores.”

Boca fala das principais dificuldades na carreira. “As principais dificuldades sempre foram encontrar equipes que tratassem os atletas com o devido respeito que os atletas de alto nível merecem. Creio que hoje os agentes tomaram conta dos esportes, muito difícil um atleta sem agente chegar em algum lugar. Acabou o tempo que o jogador se dedicava o ano todo para conseguir um bom time. Hoje o agente monta um Dvd de 5 minutos só com os melhores momentos e está feita a mágica. Por isso o esporte perdeu tanto sua essência, ninguém mais se dedica para se destacar… O mais ou menos e o salário no bolso está ótimo. A minha maior dificuldade foi ficar sem receber fora do país, com família, com filho e sem ter a quem recorrer. Caso de muitos amigos hoje em dia.

As equipes que Boca defendeu fechando o gol foram Campo Mourão; Pato Branco;  MALWEE, Jec Joinville, Blumenau Futsal, São Francisco Futsal, Xaxiense futsal, Floripa Futsal, Sport Colonial (PARAGUAI), Club Cerro Porteño (PARAGUAI). Boca cita o carinho pela cidade de Campo Mourão. “Jogar em Campo Mourão para mim é estar em casa. Aliás já me ofereci pra voltar mas… Santo de casa…”

Boca cita a maior alegria e a maior decepção na trajetória no futsal “Maior alegria foi ser reconhecido fora do país. Poder levar minha família para conhecer uma nova cultura. E a maior decepção é não poder jogar a Liga Nacional pelo time que ajudei nos piores momentos”.

Falando em jogar fora do país, Boca teve excelente passagem pelo Paraguai sendo escolhido em duas oportunidades o melhor goleiro da Liga Nacional. “Minha experiência no Paraguai profissionalmente foi espetacular. Dois anos melhor goleiro da Liga, vice campeão da Libertadores, momentos memoráveis”.

Durante a resenha Boca lembra dos adversários mais difíceis que encontrou “Adversários pra mim no Paraná sempre foi Guarapuava. Muito difícil jogar tanto em casa como fora. Atleta adversário que mais tive dificuldade de enfrentar foi Rafa Muller. De onde chutava era perigoso.

Incontáveis foram as defesas praticadas por boca no futsal. A inesquecível aconteceu no Paraguai. “Um jogo que estávamos desfalcado de todos os adultos do time e jogamos contra a forte equipe do Olimpia. No final do jogo que estava empatado e fiz uma defesa. Terminou  3 a 1 para nossa equipe e essa defesa que acabou na sequência resultando no gol da virada e consequentemente na vitória”.

Além de fechar o gol, Boca tem uma grande qualidade com a bola no pé, é goleiro artilheiro. Foram diversos gols na carreira, mas ele cita dois em especial. “O Gol inesquecível na vitória de Campo Mourão por 3 a 2 contra o Foz do Iguaçu fora de casa. Gol da Vitória no último segundo depois de estar perdendo de 2×0 fiz o gol do empate e o da Vitória. O Gol mais bonito foi no Paraguai na semifinal da Liga Nacional vestindo a camisa do Sport Colonial, canhota no ângulo do meio da quadra.”

Semifinal dos Jogos Abertos em Toledo foi a partida marcante para Boca, “Foi contra a fortíssima equipe do Marechal onde ganhamos nos pênaltis e defendi o último pênalti de Marechal e classificamos a final do JAPS uma equipe recheada de craques que hoje atuam em sua maioria na Europa”.

O craque Falcão e o técnico Ferreti são lembrados com carinho por Boca.  “Tive a oportunidade de estar ao lado de Falcão durante 3 temporadas, sem palavras, fazia chover. Melhor Treinador Fernando Ferretti disparado, o mestre do futsal”.

Fechando a Resenha, Boca fala da importância do futsal na sua vida. “Foi o futsal que deu minha casa, meu carro e o sustento da minha família”.

Boca Escala os melhores com quem já jogou no futsal

– GOLEIRO: Tiago

– FIXO: BIJU

– ALA DESTRO: Bichinho

– ALA CANHOTO: Jamur

– PIVÔ: LENISIO

TÉCNICO: GUILHERME RITA

Fotos: Arquivo Pessoal Boca

Posts Relacionados