Hoje nosso quadro “Resenha com as Minas” traz umas das craques do futsal mourãoense. Thais Martini, a “Bebê” conta um pouco de sua vida no futsal, paixão pelo flamengo e também comenta sobre o futebol brasileiro, futebol feminino e muito mais. Resenha muito boa que você começa a acompanhar a partir de agora.
Com cinco anos Thais começou a dar os primeiros chutes no futsal na Escolinha Tagliari. Seu primeiro treinador foi Sidnei Gonçalves de Oliveira, o Ney da Copel. “Sempre gostei de futsal, na escola, durante as aulas de Educação Física, ou nos intervalos jogava com os meninos”.
Aos 15 anos Thais vai jogar em Londrina, considerada umas melhores equipes de futsal do Paraná e a atleta teve grande passagem pelo time do Norte do Paraná. “Particularmente o futebol tem um significado muito especial, saí de casa cedo, tinha 15 anos, fui para Londrina para representar a equipe de futsal de lá, cresci como pessoa, saí das asas dos meus pais e amadureci muito, lá eu tive treinamentos com pessoas que até hoje são referências a nível nacional”.
Com habilidade com a bola nos pés, Thais treinava diariamente driblando tudo que encontrava pela frente. “Após os treinos sempre gostei de ficar treinando algumas situações de jogo que eu criava na minha cabeça ou lances que assistia em vídeos”.
O apelido Bebê veio por ser uma das mais novas da equipe de Campo Mourão, quando jogou representando a cidade. Companheiras de equipe colocaram o apelido na mais nova integrante do time.
A craque do futsal feminino disputou diversas competições e sendo destaque em sua maioria. Dentre as competições estão: Jogos Escolares, Juventude, Abertos, Paranaense do sub 15, sub 17, sub 20 e adulto, campeonato brasileiro (conhecido como copa Brasil) e liga nacional.
Conquistas que marcaram a carreira de Thais foram Campeã Paranaense sub 17; Campeã paranaense sub 20; Campeã paranaense Adulto. Campeã dos jogos da juventude; Campeã jogos abertos Vice campeã paranaense sub 15; Vice campeã da copa do Brasil sub 20; Vice campeã copa do Brasil.
Thais relata o gol mais bonito e o mais importante que fez na carreira. O “O gol mais bonito aconteceu quando eu tinha 15 anos, nos jogos da juventude. Eu estava de pivô, a goleira lançou a bola, dominei no peito e sem cair a bola no chão chutei de voleio. E o gol mais importante foi na final dos jogos da juventude categoria B, quem ganhava tinha acesso para a primeira divisão. Ganhamos de 3×2 do time do Coritiba/Coxa”
Flamenguista fanática desde criança, Thais conta como nasceu a paixão pelo rubro negro carioca “Essa paixão veio de berço, sempre acompanhei os jogos do Flamengo com o meu pai e a gente não deixava de assistir nenhuma partida”
A conquista da Libertadores da América pelo Flamengo em 2019 foi a maior alegria que Thais teve no futebol com dois gols do ídolo Gabigol “A minha maior alegria foi poder comemorar o título da Libertadores com uma grande festa que nós da Flamourão (torcida organizada que temos na cidade) fizemos. Foi realmente mágico como tudo aconteceu. Nos reunimos em 400 flamenguistas, minha família também estava presente. Então comemorar um título dessa grandeza, com um grande evento, junto com minha família e amigos flamenguistas, foi a realização de um sonho”
Thais fala sobre o futebol brasileiro. E faz uma comparação com o futebol europeu “O futebol europeu é mais organizado, falo isso em relação a estrutura, o compromisso dos dirigentes com os clubes é uma relação com mais responsabilidade e profissionalismo, aqui poucos clubes pagam os salários em dia, na Europa o pagamento é obrigação.
E as criticas sobraram até para o Tecnico da Seleção Brasileira Tite. “Quando o Tite foi escolhido para ser o novo técnico da seleção brasileira, foi praticamente aclamado por todos nós brasileiros, algo bastante incomum na história atual do nosso futebol. Mas confesso que esperava mais do trabalho dele, eu vejo que o Tite quer que seus jogadores cumpram seu esquema, mesmo que fora das características de cada um. Como consequência, o futebol da seleção não flui, é feio de ver e não empolga nos torcedores”.
Thais fala sobre a expectativa e a melhora do futebol feminino no Brasil “Está ganhando cada vez mais espaço a nível nacional. Criou-se novos regulamentos onde determina que todas as equipes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro Masculino precisam ter um time feminino adulto, e pelo menos, uma categoria de base. Num determinado prazo, começará a revelar novos talentos, melhorando o nível técnico das jogadoras, consequentemente ganhando mais visibilidade na mídia”
A craque do futsal feminino faz uma avaliação da técnica da seleção brasileira Piam Pia Sundhage “A Pia é um grande nome a nível mundial. Ela chegou ao cargo sabendo que a seleção feminina precisava mudar e eu acredito que a seleção já evoluiu bastante, antes da sua chegada, o sistema defensivo brasileiro era um ponto de atenção, e hoje tem-se levado poucos gols. Pia tem uma mentalidade vencedora e está colocando essa mentalidade dentro do vestiário da seleção.
Thais montou uma seleção dos melhores jogadores que viu jogar.
Goleiro: Oliver Kahn
Lateral Direito: Daniel Alves
Lateral Esquerdo: Roberto Carlos
Zagueiro Direito: Van Dijk
Zagueiro Esquerdo: Juan
Volante: Toni Kroos
Volante: Gerson
Meia direita: Messi
Meia esquerda: Ronaldinho Gaucho
Atacante: Cristiano Ronaldo
Atacante: Ronaldo Fenômeno
Técnico: Marcelo Gallardo
E ainda Thais montou uma seleção das melhores jogadoras que atuaram com ela na carriera
Goleira: Néia (jogou anos para a seleção brasileira, atualmente joga só por Hobby)
Fixo: Cintia Pereira (atualmente joga na Italia)
Ala esquerda: Verediane (atualmente joga só por Hobby)
Ala Direita: Poliana Ramos (atualmente joga só por Hobby)
Pivô: Nana, Fernanda Borzuk (atua
