Hoje o quadro Craque da Bola recebe um nome irreverente do futebol de Campo Mourão, conhecido pelas chegadas um pouco duras, um pouco explosivo durante os jogos, mas muito boa gente e colecionador de amigos por onde jogou. Douglas Marques conta um pouco de sua história nos campos de futebol da cidade e região.
E tudo começou acompanhando o pai Flavio em jogos e campeonatos. “Foi com cinco anos de idade no Country clube de Campo Mourão, onde peguei amor pelo esporte acompanhando meu pai que pra mim é um ídolo (inclusive acredito que se eu tivesse puxado ao menos 5% do futebol dele, teria sido craque de time grande (risos). Fui criado acompanhado ele e meus tios jogando futebol amador, cresci, fui tentar jogar futsal mas não me identifiquei e fiquei somente no campo”.
No final de 2005 Douglas iniciou nas categorias de base da ADAP, ele relata um pouco do início da sua história. “Entrei na Adap em 2005 pra 2006 na categoria de base, em seguida houve a junção das equipes Adap e Galo Maringá, portanto eu e mais alguns atletas não fomos pra lá (Maringá). Em 2007 montaram o Sport Clube em Campo Mourão, onde joguei o Paranaense Sub 20, Jogos Abertos e a Segunda Divisão do Campeonato Paranaense (profissional). Em seguida fui para o atlético cidade azul em Tubarão SC e por falta de estrutura do clube na época, retornei ao Sport. Optei por continuar seguindo os passos do meu pai, deixei o sonho do futebol de lado e me tornei vendedor de máquinas agrícolas e continuei jogando, porém, somente por lazer e diversão no futebol amador”.
A falta de oportunidades foi a principal dificuldade encontrada por Douglas. ‘Na nossa época, não havia tantos incentivos como hoje (competições regionais, estaduais e nacionais). Jogávamos por aqui e com pouca visibilidade! Inclusive acho que até hoje há muita injustiça no futebol, garotos da nossa época craques de bola. O que não é o meu caso. Sem sombra de dúvidas ou demagogia, sempre fui mais marcador e esforçado. Mas aqui tem muitos talentos de fato que pararam pelo caminho por falta de oportunidades mesmo.
Falando em marcador, Douglas sempre foi conhecido por chegar um pouco mais forte e pelo temperamento explosivo, ele não foge e fala do assunto. “Me considero jogador esquentado sim. Talvez pela vontade de vencer, competitividade, acabo passando dos limites as vezes. (risos). As vezes passo dos limites nas chegadas, talvez pela característica de marcação (risos) agora só chego atrasado mesmo (risos).
Douglas autuou pela Adap PR, Atlético Cidade Azul SC e Sport Clube Campo Mourão. Dentre os títulos estão os Jogos abertos do Paraná no ano de. 2014 no estádio Willy Davies em Maringá. “Uma honra muito grande pois foi a última vez que Campo Mourão havia sido campeão nesses jogos e na primeira divisão, foi com meu pai. Pra mim me marcou bastante”.
E o pai Flavio Marques foi o grande incentivador, Dunga e Edmundo foram as grandes inspirações. “Pela qualidade e acima de tudo força de vontade de vencer”. Ronaldo Fenômeno é o maior ídolo e durante a resenha ele cita o melhor treinador que já teve. ‘Professor Hayala, o qual tenho um carinho e consideração enorme. Injustiçado no futebol, pois tem muito conhecimento e experiência com categoria de base”.
Diocle e Bina foram os melhores jogadores que viu jogar. Na oportunidade Douglas cita as alegrias e decepções no esporte. “A maior alegria foram a as amizades que eu fiz e as decepções foram as vezes que perdia a cabeça e acabava expulso ou brigando”.
No final da resenha Douglas cita o jogo inesquecível. “Segunda divisão contra o Toledo. Muito frio, nosso time bem desfalcado. Com 5 minutos de jogo tivemos um jogador expulso e conseguimos vencer a partida por 1×0 onde evitou nosso rebaixamento”.
Douglas escala os melhores que jogaram com ele
Goleiro: Pastor
Lateral: Wenderson
Esquerdo: Rato
Zagueiro direito: Jackson
Zagueiro esquerdo: Pomarola
Volante: Maico
Volante: Vere
Meia direita: Bina
Meia esquerda: Diocle
Atacante: Dieguinho
Atacante: Marcelo Peabiru