Carlos Henrique Bueno colecionador de títulos do basquete de Campo Mourão

Hoje o quadro Fera do Esporte Mourãoense vai trazer a história de um dos grandes colecionadores de títulos do basquete de Campo Mourão.  Ele saiu dos treinos de futebol para representar muito bem a cidade com jogadas, cestas e títulos. Nascido em Uraí, Carlos Henrique Bueno fala de sua vida a partir de agora no Resenha CM.

            Os primeiros arremessos aconteceram em 2002 com o professor China. “Até então treinava futebol, mas acabei conhecendo o basquete e optei por seguir essa modalidade. Na escola durante as aulas de educação física acabei tendo o primeiro contato com o esporte e fui convidado a treinar no JK e me apaixonei pelo esporte e não parei. Comecei a treinar com o Edson “China” Hirata, e joguei até 2005 na base, tendo participado de vários campeonatos da federação, jogos da juventude e jogos abertos”

Na oportunidade Carlos fala do trabalho realizado na base. “A base é fundamental para o desenvolvimento de qualquer modalidade, foi graças ao trabalho desenvolvido na época pelo China que pude aprender e chegar até o profissional. Além dessa formação de atleta, que sabemos que a minoria consegue alcançar o alto nível, esse trabalho é muito importante para o desenvolvimento social da criança. Aprendi muitos valores no basquete que carrego comigo até hoje.

O atleta teve apoio e a grande inspiração de toda a família, em especial o pai Izidoro Bueno, ex atleta da modalidade e atual Presidente do Campo Mourão Basquete. Minha família sempre fez de tudo para me dar condições de praticar o esporte, meu pai Izidoro Bueno foi praticante da modalidade também e sempre me acompanhou nos treinos e em algumas viagens também. Meus pais sempre foram uma inspiração para mim, Deus me presenteou com duas pessoas muito especiais. Minha esposa e minhas filhas hoje são uma inspiração e motivação para enfrentar as dificuldades”.

Um dos melhores atletas de todos os tempos, Michael Jordan é o maior ídolo de Carlos, mas um alemão é citado também. No basquete, Jordan foi o melhor, mas para mim uma grande referência foi Dirk Nowitzki por sua identificação com apenas uma equipe e sua carreira como um todo”.

Falando em referência, um dos grandes sonhos é ser uma grande referência para os amigos e família. “Poder ser referência e exemplo para minha família e para as pessoas que convivem comigo. Poder de alguma forma ajudar as pessoas que amo.

Carlos atuou boa parte da carreira em Campo Mourão. E um intervalo no ano de 2006 na busca por melhorar e tentar jogar campeonatos mais competitivos e iniciar minha carreira de profissional, foi para São Jose dos Campos SP para trabalhar com o técnico Regis Marreli que  atualmente é o técnico do Clube Paulistano no NBB.

De 2002 a 2011, foram diversos títulos representando a cidade de Campo Mourão. Dentre eles. Bicampeão Paranaense Escolar 2003 e 2004; Vice campeão Jogos da Juventude; Tetracampeão da Taça Paraná Adulto; Bicampeão dos Jogos Abertos do Paraná Divisão A 2009 e 2011; Bicampeão Paranaense Adulto 2009 e 2010; Campeão da Copa Brasil 2010; Vice Campeão Campeonato Brasileiro de |Seleções (representando seleção paranaense juvenil).

O time dos jogos da Juventude de 2005 ficou marcado para Carlos. Foi minha equipe que disputou os jogos da juventude de 2005 nascidos até 88. Fomos vice-campeões, mas a amizade e determinação que nós tínhamos me marca até hoje”.

A cesta inesquecível aconteceu na final dos Jogos Abertos de 2010 “Estávamos perdendo, nos minutos finais nosso time fez uma arrancada e no último lance eu tive a chance de empatar o jogo numa bola de 3 pontos que levou o jogo para prorrogação”.

Carlos cita a final da Copa do Brasil e a final dos Jogos Abertos em 2009 como os jogos mais importantes. “A final da Copa Brasil em Caxias do Sul, contra o próprio Caxias e vencemos num jogo muito equilibrado, onde conseguimos, na minha opinião, um dos títulos mais relevantes até aquele momento e graças a Deus pude fazer um grande jogo naquele dia. Além desse, a final dos jogos abertos em 2009 foi muito importante por que a cidade não ganhava um título assim há mais de 10 anos e foi muito marcante”

Em 2011, Carlos foi aprovado no Concurso do Banco do Brasil e decidiu seguir carreira no banco, que trabalha até hoje. O fato é que infelizmente na época o basquete não dava tantas condições financeiras, e buscando melhores condições para minha família optei por prestar concurso para o Banco do Brasil onde fui aprovado e onde estou trabalhando até hoje.

            Depois de 10 anos longe das quadras, Carlos faz uma analise do basquete mourãoense. “O basquete de Campo Mourão sempre foi a minha segunda casa, e por conta disso me sinto muito orgulhoso de ver a equipe disputando uma competição de alto nível como o NBB. O projeto precisa continuar a crescer se mantendo na liga, que a cidade possa cada vez mais abraçar esse projeto que desde que nasceu é muito vitorioso e conduzido por pessoas muito serias.  Espero que o projeto continue representando tão bem nossa cidade. ”

            Carlos também faz uma análise do basquete nacional e do NBB. “O basquete brasileiro tem crescido demais depois de a implantação do NBB, ainda acho que poderia fazer com que o esporte brasileiro crescesse muito mais, seria o desenvolvimento de competições de base, estudantis e universitárias mais fortes e relevantes, porque acredito que quanto mais a criança e o jovem tem oportunidades competir em alto nível mais fácil é transição para o profissional”.

            E o que o basquete marcou para Carlos. “O carinho das pessoas que acompanhavam nosso trabalho, a adrenalina que sentia toda vez que entravamos em quadra e sentíamos a vibração da torcida tudo isso foi muito marcante. Mas o que mais marca sempre são as pessoas que passam pela nossa vida, companheiros de equipe, adversários, pessoas que aprendemos a respeitar. E esse respeito que sinto até hoje quando encontro pessoas com as quais dividi as quadras.

            Finalizando nossa Resenha Carlos fala da importância da modalidade em sua vida. “Hoje  o basquete  é uma saudade muito grande. No geral ele foi uma escola para mim, um ambiente onde tive o prazer de conhecer pessoas que se tornaram grandes amigos até hoje. Tive a oportunidade de aprender com grandes profissionais como China, Emerson de Souza, Daniel Wattfy, Billy, Regis Marreli e muitos outros. O basquete estará na minha vida pra sempre, os valores que aprendi carregarei comigo por toda a vida, e sempre que for possível quero estar brincando ainda.  Espero que os pais sigam incentivando seus filhos a praticarem o basquete, com certeza isso fará com que ele tenha experiências fantásticas para vida toda.

Carlos montou a equipe com os melhores com quem já atuou

Armador  Davilson que jogou em Campo Mourão em 2009, Nas categorias de base Alex e Thiaguinho.

Alas.  Guilherme Schneider que hoje está no Fortaleza, Edvar Simões Junior  em São Jose dos Campos. Jorginho que jogou em Campo mourão em 2009, na categoria de base Pedro Henrique (Hicke), Hugo, Popó, Lucas Lima.

Pivôs :  Rafael, pivo do nosso time 88 jogador muito inteligente. Fabricio Koch Pivo 87 apesar não ser tão alto era muito técnico, Alex passilongo, Douglas Nunes, Lucas Spadotto.

E os melhores atletas por posição que viu jogar?

Se valer os que vi pela TV eu diria.

Armador – Stephen Curry

Alas  –  Michael Jordan e Lebron James

Pivos  –  Shaquille Oneal e Tim Duncan

Fotos: Arquivo Pessoal Carlos