Hoje o quadro Guerreiro das artes marciais contará a história de Daniel Ramos, carioca de nascimento e mourãoense de coração que tem representado bem a cidade de Campo Mourão em competições nacionais e internacionais de Jiu Jitsu. A nossa resenha começa a partir de agora com esse atleta que iniciou nas artes marciais com oito anos e que já praticou capoeira, taekwondo, Muay thai até se tornar um grande nome do Jiu Jitsu em Campo Mourão.
E o gosto das artes marciais começou desde pequeno acompanhando filmes com o pai. “Eu sempre gostei de artes marciais, ficava acordado com meu pai até tarde vendo filmes de luta. No início eu escolhi o Jiu jitsu pela eficiência da arte, e queria saber para me defender também, as vezes eu brigava na rua (risos) depois foi mudando, comecei a competir e ajudar meu professor nas aulas”
Com 17 anos o Jiu Jitsu apareceu na vida de Daniel. “Fui convidado por alguns amigos que já praticavam. Quem me incentivou foi um grande amigo de infância Elton Mariano, treinávamos juntos todos os dias e a minha grande inspiração é o Royce Gracie (primeiro lutador a ganhar o UFC), tenho como ídolo o campeão mundial Roger Gracie
A primeira luta mesmo com a derrota, ficou um grande aprendizado. “Foi na faixa branca, campeonato estadual, perdi de 18 a 0 e fui finalizado, estava super nervoso, deu dor de barriga (risos), mesmo perdendo sai feliz, meus professores ficaram bravos”.
E a luta marcante? Daniel cita uma semifinal do campeonato brasileiro. “Era a minha sexta luta, estava cansado e com muita pressão dos meus professores, esse adversário tinha ganhado de mim um mês antes na final do estadual, era uma equipe rival. Consegui vencer por 6 a 2”.
Daniel conquistou o campeonato brasileiro em 2008 e ficou em segundo lugar no mundial de Jiu Jitsu em 2012. “Foram inesquecíveis e ficarão marcado para sempre em minha vida”.
A luta com o adversário mais difícil custou caro para o nosso Guerreiro das artes marciais Daniel. “Meu adversário mais complicado foi em uma final de estadual, estava ganhando nos pontos, faltando um minuto para acabar a luta eu sofri uma chave de pé, como estava ganhando eu resistiu ao golpe, não bati( dei os três tapinhas) isso me custou um pé luxado e três dedos do pé quebrado”
E os preparativos para uma competição e uma luta? Daniel fala como é a preparação antes de encarar os adversários. “Eu sempre estou treinando, mesmo quando não tem competição em vista. Quando vou competir eu intensifico, normalmente faço três treinos diferentes por dia, preparação física de manhã e à tarde, e treino de Jiu jitsu a noite. Como estou sempre viajando para competir, antes da luta eu gosto de conhecer o lugar, passear um pouco, me distrair com o ambiente novo, isso me ajuda a aliviar a tensão pré luta”.
Na oportunidade Daniel fala sobre como está o Jiu Jitsu na cidade. “Jiu jitsu em campo mourão é praticamente novo, acredito que temos apenas três equipes na cidade, estamos trabalhando com alguns projetos para expandir mais. O Jiu jitsu que praticamos hoje é brasileiro, então aqui no Brasil e super popular, no rio e em São Paulo por exemplo tem uma escola em cada esquina, hoje é o esporte que mais cresce no mundo”.
Daniel cita quando uma criança pode iniciar na modalidade e os benefícios para uma pessoa. “Eu tenho alunos que começaram com apenas 3 anos. existem inúmeros benefícios do Jiu jitsu, os principais na minha opinião são, formação de caráter, saúde, alto controle, fortalece o espírito de família, e torna você uma pessoa melhor.
E para finalizar nossa resenha, o que o Jiu Jitsu significa para Daniel? Ele fala com orgulho. “Representa algo muito significante pra mim, eu trabalho com isso, é o Jiu Jitsu que me motiva a realizar meus sonhos, minha família tem orgulho do que eu faço, meus melhores amigos foram através do Jiu jitsu.
Fotos: Arquivo Pessoal Daniel
