Hoje nosso quadro Time do Coração traz a história de mais um do bando de loucos, apaixonado pelo Corinthians. Frank Zagotto, conhecido carinhosamente pelos amigos como Tio Frank chega para contar sua história de amor com Coringão. Conquistas, decepções, alegrias são contadas em uma resenha especial do nosso quadro.

Tio Frank fala do incio do amor pelo timão, jejum de títulos e influencia do irmão. “Para falar a verdade não sei, quando eu vi eu já era corintiano, com nasci em 1967, meus primeiros anos foram forjados já no sofrimento, pois e a gente estava em um jejum de títulos enorme. Meus pais eram palmeirenses, como bons italianos, mas meu irmão mais velho que é meu ídolo e é corintiano”.
Sócrates é o grande ídolo de Tio Frank e durante a resenha ele lembra do gol mais importante que viu do Corithians. “Sócrates, era craque, inteligente, politizado, mostrou que o Corinthians era mais que um clube de futebol, e também a força da nosso torcida. Gol mais importante, Basilio, 77 com certeza, gol bonito tem muitos, mas o do 77 com certeza, gol bonito tem muitos, mas o do Ronaldo de cobertura na decisão contra o Santos foi muito especial”.

Uma bela vitória diante do Palmeiras foi inesquecível no ano de 1993, vitória essa que Tio Frank viu bem de perto no Morumbi sendo a primeira vez que acompanhou o time do coração no estádio. “Foi em 1993, campeonato paulista, corinthians 3 a 0 Palmeiras, levei o Fabricio, tinha 10 ou 11 anos, foi no Morumbi (antes da reforma), 90 mil pessoas, fomos de ônibus, o Desudete do nosso grupo foi junto, fomos em cinco de Campo Mourão, Ronaldo goleiro foi um show a parte, Palmeiras tinha um timaço, torcida mista, saída do estádio foi tensa, cavalaria por todo lado, mas no fim deu tudo certo. E a última vez foi em Londrina, copa do Brasil, jogo horroroso, empate de 1 a 1 com a toda poderosa Portuguesa RJ.

A conquista da libertadores foi a que mais emocionou e teve grande comemoração de Tio Frank. “Eu vi, o fim do Jejum, primeira Copa do Brasil, primeiro Campeonato Brasileiro, primeiro Mundial, mas nada se compara com a Libertadores, pela campanha, pelos antis e por tantos partidas emocionantes, já no primeiro jogo, empatamos nos acréscimos, fomos campeões invictos e com decisão em dois jogos, (como sempre deveria ser), ganhamos do Vasco com a defesa histórica do Cassio, ganhamos do Santos do Neymar, empatamos com o Boca com o gol do Romarinho, jogo final Sheik lavou nossas almas”.
E por falar em Libertadores, a maior Loucura de Tio Frank torcendo para o Corinthians foi pagando uma promessa caso o timão conquistasse o título. “bem eu adoro refrigerante e doce, pois bem, na decisão da Libertadores, no último jogo prometi que se o Corinthians ganhasse eu ficaria 1 ano sem comer qualquer tipo de doce, incluindo sorvete, bolacha, tudo que não era salgado eu não comeria e nem ia tomar refrigerante, começo o jogo, eu estava muito tenso, daí dobrei a promessa, ficar dois anos sem doce e refrigerante, pouco depois saiu o gol do Sheik, ninguém me tira da cabeça que fui quem ganhou aquele jogo, foram os melhores dois anos sem doce e refrigerante da minha vida, recentemente no jogo do Inter que empatamos de 2 a 2, novamente prometi que se o Corinthians não fosse rebaixado iria ficar um ano sem comer doce, comecei naquele dia mesmo, daí ganhamos 9 jogos seguidos, vou falar o que? (risos)
O rebaixamento não foi a grande decepção de Tio Frank com o Corinthians. “Não foi a queda em por incrível que pareça, mas foi a derrota na final do Campeonato Paulista para o Palmeiras, que saíram da fila sem títulos, juiz expulsou três jogadores do Corinthians no último jogo, uma vergonha, fiquei puto uns três meses, a queda apesar de ficar muito triste também, se revelou necessária para o clube tomar novos rumos’.

Na oportunidade Tio Frank cita os torcedores que mais incomodam. “Cara tem muitos, tem dois Palmeirenses muito chatos, mas não dou muita bola, cada torcedor tem suas características, os Palmeirenses são tudo ou nada , se time perde duas acham que o time vai rebaixados, se ganham duas vão ser campeões mundiais, São Paulino é modinha, time ganha sai com a camisa e fala do jogo, time perde falam que nem assistiram o jogo, Santista torce para os jogadores, não pelo time, veja agora que o Neymar voltou, e a gente faz questão de mostrar que é corintiano nas horas boas, mas principalmente nas horas ruins”
Quase no final da resenha Tio Frank lembra de uma historia engraçada que aconteceu com ele. “A gente passou por muitos perrengues, uma vez teve Corinthians e Marilia, série B, em Londrina. A gente saiu de Campo Mourão de ônibus, minha sogra na saída falou que o Corinthians ia perder e eu ia pegar chuva, detalhe estava o maior sol, quando entre no ônibus puxei um pai nosso para quebrar a praga da sogra, resumindo empatamos de 1 a 1 , e no intervalo choveu granizo, só foi jogador saindo correndo e a gente não tinha onde se abrigar, o povo abriu as bandeiras que tinha comprado, foi a maior concentração de corintiano por metro quadrado, tinha bandeira de um metro por dois que tinha trinta corintiano embaixo, (risos), falei que na próxima vou rezar dez pai nosso’.

Tio Frank faz uma análise do Corinthians nos últimos anos. “Muita incompetência dos nossos dirigentes, times ruins, técnicos ruins, tudo muito triste, imagina se fosse bem gerido, seríamos um dos maiores clubes do mundo”
No final da Resenha Tio Frank fala o que representa o Corinthians na sua vida. ‘Eu penso que a maior característica do corintiano e saber que a torcida tem o time, nossa torcida é a nossa maior identidade e acreditar sempre. Corinthians é minha terapia, e onde o rico e o pobre, o feio e bonito, o gordo e o magro, o coxinha e o mortadela, esquecem de suas diferenças e se abraçam na hora gol”.
Tio Frank monta o time do Corinthians de todos os tempos
Goleiro Cassio
Lateral Direito Zé Maria
Lateral Esquerdo Wladimir
Zagueiro Direito Gamarra
Zagueiro Esquerdo Chicão
Volante Ralf
Volante Vampeta
Meia direita Sócrates
Meia esquerda Marcelinho Carioca
Atacante Ronaldo Fenomeo
Atacante Casagrande
Técnico: Tite