Hoje o quadro Cestinha do Resenha vem para contar a história de uma promessa do basquete de Campo Mourão. Solano Triches das escolinhas de basquete, passando pela base até se tornar o primeiro mourãoense a jogar um NBB. Mais uma resenha especial que o resenha traz para nossos amigos e amantes do esportes.
E o amor de Solano por basquete começou em 2010 na escola. “Na época eu ainda jogava futebol e um dia durante a aula entraram dois atletas do time divulgando aulas de basquete no Colégio Marechal Rondon, decidi me aventurar já que sempre tive contato com vários esportes, seria mais um”.

Kobe Bryant foi a grande inspiração e ídolo no basquete. “No inicio eu não me inspirava em ninguém, não tinha muitas referências por ser do futebol, mas ao me inserir no mundo do basquete conheci o Kobe Bryant que desde então sempre foi meu maior ídolo no basquete. A forma como ele vivia o basquete é diferente de tudo, sua mentalidade e habilidade me inspiraram por anos no basquete e acabou se tornando inspiração fora das quadras também. Kobe sempre se mostrou uma excelente pessoa fora de quadra, caridoso, motivador e um pai incrivel para as suas filhas. Que Deus o tenha junto a sua filha Gigi”.
Durante a resenha Solano fala sobre as dificuldades e desafios. “Acredito que a minha maior dificuldade no início foi não ter os equipamentos ideais para jogar, comecei jogando com tênis de futebol, depoisde caminhada e etc, na época nós não tínhamos condições para comprar um de alta qualidade. Quando meu pai viu que estava totalmente inserido no basquete começou a buscar tênis voltados para basquete porém a condição só permitia ter tênis de baixa qualidade/durabilidade e isso atrapalhava muito, jogava com o tênis todo remendado de fita (risos). Nunca vou me esquecer quando meu pai me deu meu primeiro Nike, me sentia o Kobe.
Solano fala da primeira competição que disputou. “ Acredito que minha primeira competição foi um campeonato paranaense sub12 em Palmas-PR., não me lembro o ano exatamente mas foi uma das competições mais marcantes da minha vida por vários motivos. Nessa competição o Emerson que era nosso técnico não pôde ir pois tinha algum outro campeonato e assim fomos com o Eliseu como nosso responsável/técnico e no dia do primeiro jogo, num frio de aproximadamente 5ºC, descobrimos que metade do time estava sem as carteirinhas e nossos principais jogadores não poderiam jogar, consequentemente infringindo regras da competição. Isso foi bem difícil para todos, teve choro e tudo mais mas por fim jogamos com menos atletas e fizemos de tudo para trazer a vitória mas não foi possível”.

Na oportunidade Solano fala de jogo, cesta e toco inesquecível da carreira. “O jogo acho que foi Campo Mourão e Flamengo no retorno do Anderson Varejão ao Brasil. Esse jogo tem muita história boa mas foi muito marcante pela importância desse dia, foi algo marcante para o basquete nacional e participar desse momento é algo inesquecível”. Eu cheguei a pontuar nesse jogo do retorno do Varejão e foi bem especial pois na época meu irmão morava no Rio de Janeiro jogando basquete e ele estava lá prestigiando, mas a cesta mais marcante sempre vai ser a primeira cesta que fiz no NBB. Foi um jogo contra o Paulistano, esse jogo teve diversos problemas, alguns jogadores não puderam participar do jogo então foi um clima complicado mas foi nesse jogo que fiz minha primeira cesta. Eu só tenho 1,87m então nunca fui de dar toco hahaha Acho que se dei 4 tocos em jogos oficiais foi muito mas lembro que em um jogo de campeonato paranaense de base dei dois tocos em um jogo contra Goioerê, rivais na época, então foi muito massa.
O cestinha do Resenha de hoje fala sobre a importância do Campo Mourão Basquete. “Minha passagem pelo Campo Mourão Basquete vai além das quatro linhas, foram anos da minha vida dedicados ao basquete e ao time e que me proporcionaram momentos e oportunidades incríves. Graças ao Campo Mourão Basquete eu aprendi diversas lições de vida, viajei a primeira vez de avião, visitei vários estados e cidades do brasil, conheci pessoas incríveis, joguei em lugares que só via pela TV, conheci e joguei contra ídolos do basquete nacional como Marcelinho Machado, Anderson varejão, Alex Garcia, Guilherme Giovannoni e vários outros. Sem o Campo Mourão basquete eu não teria vivido tudo isso. Nas categorias de base ficamos alguma vezes em 2º lugar perdendo apenas para o time do Círculo Militar que sempre foi o mais forte e estruturado na minha época. Também teve títulos de etapas regionais de jogos escolares, jogos abertos e o título da fase final dos jogos abertos B.
Solano foi o primeiro mourãoense disputar um NBB. “Desde que comecei a jogar basquete em Campo Mourão eu me lembro da campanha “Campo Mourão na liga Nacional”, eu vi e vivi grande parte dessa trajetória e fazer parte desse grande momento significa muito pra mim.
Ele ainda cita grande alegria e decepção na carreira. “Minha maior alegria acredito que foi ter vivido tudo que vivi graças ao basquete e a decepção é comigo mesmo de não ter me dedicado mais e tentado mais, mas também não me arrependo de nada”.

O Basquete Brasileiro é avaliado por Solano. “Ultimamente tenho acompanhado pouco mas a última atuação Brasileira nas olimpíada foi motivo de muito orgulho. É bom ver a nova geração do basquete Brasileiro lutando tanto pela seleção, acredito em dias melhores! Infelizmente ainda falta muito investimento, é um dos esportes coletivos mais amados pelos brasileiro e com pouca visibilidade, o basquete brasileiro merece mais atenção”.