Fotos: Guilherme Mansuetto e Rafael Pontes
O quadro Craque da Bola do Resenha CM traz uma entrevista com um dos maiores artilheiros do futsal nacional. Dono de um Chute potente conhecido como “Torpedo Humano” o fixo e capitão do Magnus e da Seleção Brasileira Rodrigo Hardy, o “Capita’ conta um pouco sobre sua história e trajetória no futsal. Uma resenha pra lá de especial que o púbico mourãoense e os amantes do futsal poderão conhecer a partir de agora.
Desde os seis anos Rodrigo iniciou com os primeiros chutes certeiros. “Minha mãe me colocava debaixo dos braços e me levava nos treinos, sempre fui maluco por futebol, por bola. Meus pais se abdicavam da vida deles para me levar a jogar bola. Sempre fizeram de tudo para eu estar no esporte de estar no caminho certo da vida e graças a Deus deu certo”.
Após jogar até os 15 anos no futebol de campo no Guarani, Rodrigo começou na equipe Pulo do Gato em Campinas. “Hoje os atletas são pagos, mas na minha época tínhamos que fazer rifas, vendia pizzas para pagar as inscrições, treinávamos das 11 à meia noite. Dificuldades de ficar longe de casa, decepções, mas sempre procurei passar pelos obstáculos e medo e graças a Deus deu certo.
A vida do capitão Magnus no futsal é definido por metas. “Sempre quis viver da bola, jogar uma Liga Nacional, queria jogar uma copa do mundo e agora estou com 38 anos, vivendo de ano a ano. Quero correr mais um pouquinho nas quadras, quem sabe jogar mais um mundial , mas tenho que ver como vou estar daqui dois anos. Mas a meta do capita é jogar ano a ano e levantar títulos que isso ajuda muito”.
Carlos Barbosa foi o primeiro grande time na vida de Rodrigo e foram sete anos de histórias e conquistas. “A chegada foi difícil, Carlos Barbosa tinha acabado de ser campeão da Liga em 2006, eu cheguei no ano seguinte. Era um time com alguns problemas internos, não conseguimos ganhar nada em 2007. Época muito difícil, tinha saído do interior de São Paulo para o maior clube do Brasil e não ganhamos nada. Aí tive o apoio do supervisor da época, uma lenda do futsal Rudi Vieira que me ensinou muita coisa na época. Acreditou no meu trabalho, me deu um ano de contrato e dali em diante conquistei todos os títulos possíveis, até o tão sonhado bi mundial com a equipe’.
Um carinho especial pela equipe gaúcha. ‘Foi quem abriu as portas do cenário nacional pra mim, fez eu chegar na seleção brasileira, tenho um carinho enorme, saí pela porta da frente e tenho um respeito máximo por todos”.
Sempre atuando de fixo, Rodrigo fala da facilidade em marcar gols. “Pela minha característica de finalização de média e longa distância sempre me ajudou. Não sou um atleta que tenho muita habilidade em driblar, tive que me aperfeiçoar em outras coisas e a bola parada me ajuda muito, é um momento importante do esporte. E também de muito treino que aperfeiçoei ao longo da minha carreira”.
E essa característica de chute forte surgiu apelido Torpedo Humano. “Em 2012, estava voando, fiz 30 gols na liga, vivia um ano maravilhoso e o apelido veio do narrador Daniel Pereira e o comentarista Marcelo Rodrigues, até chegar o Fred e aparecer me chamar de capita caiu no gosto da galera que me chamam de capita também, principalmente a molecada que merece sempre um carinho e atenção especial”.
Durante a resenha Rodrigo fala de torcedores que xingam durante uma partida em benefício do seu time e depois pedem para tirar uma foto com eles. “As redes sociais passaram do limite, pessoas acham que podem te ofender e depois a pessoa pede desculpa. No ginásio a mesma coisa, as pessoas estão indo para o ginásio assistir nosso jogo e apoiar o time da casa e depois do jogo tiramos fotos com todos, independentemente se ganha ou se perde”.
Foram centenas de gols marcados na carreira e um projeto muito bacana em benefício da garotada. “Estamos em uma campanha com a pênalti, a cada gol do capita a penalty doa quatro pares de tênis para uma Instituição Carente. Já são 58 pares de tênis separados para serem doados. Cada gol se tornou especial e importante, porque estaremos fazendo a alegria de alguém. Esperamos bater a meta de 100 gols no ano”.
Dentre diversos títulos importantes, Rodrigo conquistou três vezes a Liga Nacional, Duas Copas do Brasil e duas taças Brasil, sul americano de clubes de futsal, copa do mundo de futsal e três mundiais de clubes.
Na oportunidade Capita fala sobre duas conquistas especiais na carreira fora de quadra. “Tenho respeito do Clovis Tramontina, dono da Tramontina e do Adir Comunello dono da Magnus. São pessoas que sabem como é batalhar e se você tem o respeito delas é porque você fez por onde’.
O título da copa do mundo em 2012 foi o mais marcante na história de Rodrigo. ‘Todo mundo sonha em ser campeão do mundo com a Seleção Brasileira, é magnifico. Tenho quatro por clubes, um por Carlos Barbosa e três com o Magnus. Estou completando 11 anos vestindo a camisa da seleção brasileira, muito difícil de chegar e permanecer”.
Rodrigo também faz uma avaliação da modalidade e o que representa a modalidade para ele. “Estamos muito para trás, é muito apaixonante, mas temos que se abraçar mais. Pensar mais jogo, no marketing, nas redes sociais, temos que valorizar mais nosso esporte. O futsal é o que me deu a minha vida e o sonho que estou vivendo e espero retribuir futuramente”.
Rodrigo Capita monta um time dos melhores com quem já jogou
Tiago
Schumacher
Falcão
Manoel Tobias
Lenisio