Rafão “Serei eternamente grato a tudo que pude viver dentro do Basquete”

Hoje tem estreia no nosso site do Resenha, o quadro Cestinha da Vez foi criado para contar a história dos basqueteiros, atletas renomados e também amadores que são apaixonados pelo basquete. E nossa primeira resenha o convidado é um atleta que representou Campo Mourão em diversas competições, conquistando títulos. Rafael Godoi, o Rafão conta um pouco de sua trajetória na modalidade.

Foto Valmir Lara

                E tudo começou no final de 2001 em Assis Chateaubrind- PR com o professor Kiko. Rafão conta o início da paixão pelo basquete. “Meus primos jogavam basquete e, no final de 2001 fui fazer treino na escolinha para conhecer e acabei gostando. Naquelas férias entre 2001 e 2002 ganhei minha primeira bola. Fizemos uma tabela com aro de bicicleta no fundo da casa do meu tio, e me lembro de chegar lá as 14 horas e sair somente a noite. Nem chuva e lama atrapalhava.  Em 2003 recebi minha primeira proposta para ir embora. Eu era muito jovem, e foi desafiador sair de uma cidade pequena e uma rotina caseira para encarar uma vida fora do conforto do lar. De certa forma foi tudo muito rápido e adaptação tive que seguir o mesmo ritmo.

                E acompanhando jogos da NBA a paixão simplesmente aumentou. “Assisti os primeiros jogos de basquete na TV aberta, porém logo parou de passar. Me encantei de verdade quando assisti, em vídeo cacete, o jogo 6 das finais de 1998 entre Jazz e Bulls. Foi nesse momento que vi o que era o alto nível de basquete. Em 2002 o Lakers dominava a liga americana, e o basquete Brasileiro passava poucas vezes na TV aberta. Shaq e Kobe eram as estrelas, Jordan caminhava para a sua última temporada. Nenê chegava na NBA como destaque entre os novatos. Karl Malone foi minha inspiração pela posição de jogo, pois futuramente jogaria, também, de ala-pivô”.

Karl Malone é o grande ídolo no basquete. “Sempre gostei do seu jogo. E meus treinadores pediam para observar os movimentos de jogadores da mesma posição”.

                Na oportunidade Rafão fala sobre os desafios e dificuldades. “Sair de casa muito jovem, mudar de cidade, cultura e encarar horas de treinos e dedicação são desafios gratificantes de serem encarados. A sua quebra da zona de conforto é estimulada todas as horas, seja pelos treinos ou pelas adversidades da vida de se morar longe de casa”.

Boas atuações, cestas, assistências, rebotes renderam a Rafão títulos na carreira. Dentre eles. Jogos Abertos Brasileiros, Jogos Abertos do PR divisão A, Campeonato Paranaense, Campeonato Sul Brasileiro de Clubes, Campeonato Brasileiro de Base Divisão A.

                A primeira cesta foi na estreia contra Missal no ano de 2002.  E o Pentagonal de Basquetebol em 2002 foi o torneio que mostrou Rafão para o basquete regional. A partida que não sai da cabeça de Rafão foi a Final dos Jogos Aberto de 2009, em Francisco Beltrão, Campo Mourão voltava a vencer um título dos JAPS Divisão.

                Rafão cita a cesta inesquecível e o toco que deu em seu adversário que não sai da memória. “Uma enterrada na final dos jogos da juventude de 2005, por Campo Mourão. E o toco foi no Jamison, atleta campeão brasileiro pelo vasco e na época jogava por Maringá. Não foi nada fora do padrão, mas pela importância deve e por ser um craque, foi gratificante dar um toco nele”.

                O atleta fala da maior alegria e decepção na carreira. “? Ser Campeão dos Jogos Abertos Brasileiros em 2012 foi uma conquista especial para mim. E a decepção maior foi perder a semifinal dos jogos colegiais de 2005, sendo um dos favoritos ao título”.

Torcedor do San Antonio Spurs, Rafão faz uma avaliação da NBA. “Maior liga do mundo, que visa ramificar seus produtos para o restante do mundo. A NBA ainda possui os maiores recursos e os melhores jogadores do mundo. É um produto altamente apaixonante, rentável e fantástico”.

O do Novo Baquete Brasil NBB também cita uma grande evolução na principal competição da modalidade. “Apesar do enorme impacto financeiro da pandemia nos últimos anos, os clubes têm conseguido implementar uma visão de médio e longo prazos. Essa tendência é consequência das regras de governança, da responsabilidade financeira dos clubes e do planejamento antecipado a cada nova temporada. Apesar da instabilidade econômica trazer desafios ano após ano, sete clubes do NBB estão desde a primeira edição, em 2008, e outros três já completaram pelo menos oito temporadas. Eu acho fantástico”

No final da resenha, Rafão relata o que o basquete significa em sua vida. “Basquete para mim não foi só um esporte que aprendi a amar e praticar. Todas as oportunidades que tive na vida, contato, pessoas que me ajudaram a crescer e as minhas grandes lições estão direta e indiretamente ligadas com a minha passagem pelo Basquete. Serei eternamente grato a tudo que pude viver dentro do Basquete. A modalidade faz parte de mim e estarei ligado à ela até quando Deus permitir”