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Pastor, ídolo do Mixto de Cuiabá e destaque do futebol amador de Campo Mourão

Hoje o quadro Craque da Bola traz a historia do Goleiro Douglas Ruppenthal, o “Pastor”, destaque no futebol profissional e também no amador de Campo Mourão e região. São várias premiações de melhor da posição em diversas competições, desafios, dificuldades e alegrias que em uma entrevista especial ele conta para nossos leitores.


Pastor inicia a carreia no ano de 1998 aos 17 anos e se profissionalizando no ano de 2000. Ele cita o início e as dificuldades em ser jogador. “ Como todo início, nada é fácil. Consegui, através de um amigo a chance de fazer um teste no Paraná Clube em Curitiba, aonde fui aprovado. Todo garoto quando quer ser jogador, pensa que vai ter mordomia, ganhar dinheiro, mas quando na verdade é uma minoria do atleta profissional que chega a esse patamar. Precisei deixar a família, amigos, casa, para tentar buscar a carreira de jogador profissional”.


Desde criança Pastor fechava o gol nas brincadeiras de futebol ate se tornar profissional. “Quando criança gostava de brincar no gol, foi aonde um treinador da escolinha do município me colocava no gol e comecei a criar gosto dessa posição. Na profissão como atleta profissional de futebol, não é fácil. O atleta profissional que consegue adquirir o seu carro ou a sua casa, já é um vitorioso no mundo da bola, pois não é fácil chegar no topo. As dificuldades são grandes, muitas vezes falta de estrutura, má condições de trabalhos dos pequenos clubes. São poucos os clubes que dão condições para poder exercer essa profissão”.


Durante a resenha Pastor fala sobre o grande sonho e porquê do apelido pastor. “Consegui realizar o meu sonho de ser jogador profissional, foram mais de 15 anos como profissional. E nesse período como atleta, me formei em Educação Física. E hoje tenho o meu Studio de Personal Trainer. E logo que encerrei a minha carreira de atleta profissional, já dei continuidade nessa nova etapa da minha vida. Quando criança o meu primeiro treinador aqui de Peabiru, José Lorival Guerra, me colocou o apelido de Pastor, pois o meu pai era Pastor. No início, não gostei muito do apelido, mas com o tempo fui gostando e levei junto comigo o apelido’.


O nosso craque da bola de hoje fala sobre ídolos e inspirações na carreira. “Um goleiro que gostava e que me inspirava era o goleiro Tafarel, como também me inspirava no goleiro Darlei, quando ele apareceu, por ser Gremista, ele era o meu ídolo”.
Na oportunidade Pastor fala o que um jovem precisa para se tornar um grande goleiro. “É almejar algo maior, precisa em primeiro lugar, muitas dedicação e treinamento”.


As principais equipes que Pastor jogou foram: Paraná Clube-PR, Londrina-PR, Cascavel P.R, Linense-SP, Taquaritinga-SP, Bragantino-SP, Mixto-MT, Atlético Goianiense-GO, Bota Fogo-DF, Caldense-MG, Ferroviaria-SP. Dentre as conquistas na carreira estão: Campeão e acesso da segunda divisão do Paraná pelo Cascavel C.R.; Terceiro colocado do Paulistão A1 pelo Bragantino-SP.;Acesso para a Série B do Brasileiro pelo Bragantino-SP. Campeão estadual Mixto-MT. Acesso para a Série A do Brasileiro pelo Atlético Goianiense.


Um campeonato inesquecível que não sai da memória foi a conquista de um estadual. “Me consagrei campeão Estadual, com defesas memoráveis e que hoje sou ídolo da torcida, foi pelo Mixto de Cuiabá em 2008, uma equipe que ninguém apostava que seria campeão, enfrentamos equipes fortes financeiramente e vencemos todas. Na final jogamos contra a equipe do União Rondonópolis, a melhor equipe do campeonato, eles jogavam por dois resultados iguais. No primeiro jogo em Cuiabá, operei grandes milagres, conseguindo permanecer no empate sem gols. No jogo de volta, com o estádio lotado, mais de 20 mil pessoas apoiando o União, tive que fazer grandes defesas e no início do segundo tempo, no nosso único ataque conseguimos marcar o gol da vitória e conseguimos levar até o final e suportar a pressão. E depois de 13 anos o Mixto se tornaria campeão estadual novamente.


Pastor faz uma avalição do futebol brasileiro. “Hoje em dia o futebol brasileiro quer imitar o futebol europeu, quando na verdade o futebol europeu imitou o futebol brasileiro, ficamos muito robotizados, muito toque de bola e pouca objetividade. Desde cedo querendo ensinar a criança só tocar a bola, sem deixar ela driblar. Claro que precisa ensinar todos os fundamentos para a criança, mas precisa deixar a criança aprender a driblar, ir pra cima do adversário, foi assim que surgiu grandes dribladores no futebol brasileiro”.


No final da resenha Pastor fala sobre a importância do futebol na sua vida. “Agradeço muito a Deus por ter dado esse dom de ser Goleiro, por ter alcançado e realizado os meus sonhos, de ser atleta profissional, pois tudo que eu tenho hoje, foi graças ao futebol. Encerrei a carreira profissional de 2013, mas até hoje permaneço fazendo os meus trabalhos específicos para manter a forma e poder executar nos jogos e campeonatos que disputo na região. Tenho a minha escola de futebol, onde ensino os treinamentos e conhecimento que adquiri como atleta profissional, orientando as crianças para que possam se beneficiar de tudo de bom que o esporte traz para a vida, como disciplina, persistência e qualidade de vida e quem sabe tornar-se um atleta profissional também”