Fotos: Rafael Pontes e Guilherme Mansuetto
O quadro craque da bola traz uma resenha especial com um dos melhores jogadores do futsal do Brasil. Leandro Lino pede passagem e fala sobre sua história desde os primeiros chutes até ser um dos atletas mais importantes do Magnus Futsal. Uma entrevista com muita irreverencia e bom humor que o Resenha CM traz para você.
Acompanhando o pai Jair (que hoje trabalha como roupeiro do time do Magnus), Leandro Lino iniciava os primeiros dribles, jogadas e gols em uma escolinha na cidade de Francisco Morato. “A partir daí começou o amor pelo futsal e está dando certo até hoje”.
O pai Jair foi o grande incentivador na carreira de Lino. “Sem dúvidas foi o maior incentivador, ele também tentou ser jogador, não conseguiu por alguns problemas, mas graças a Deus consegui até hoje manter um nível muito bom jogando futsal e com grande incentivo do meu pai”.
Na oportunidade Lino fala sobre os desafios e dificuldades na carreira. “Foram buscar os recursos que a gente não tinha, as vezes o pai não podia me levar nos treinos por ter que trabalhar e manter as contas de casa em dia. As vezes sozinho com ônibus lotado, passei muitos perrengues mas graças a Deus persisti e hoje estou em um dos maiores clubes do Brasil”.
Após a escolinha com treinador Paulinho em um campeonato que Lino se destacou, ele foi convidado a jogar em um time de Caieiras. “Comecei a aparecer para o cenário nacional e com 17 anos fui para o Corinthians, para jogar no sub 20 do clube”.
Leandro Lino fala sobre a passagem na equipe do Corinthians. “Foram três anos na equipe sub 20 e uma no adulto, conseguimos conquistar o tão sonhado título da Liga Nacional. Eu nunca tinha jogado uma final de Liga e fiquei muito feliz em poder fazer parte desta história”.
O primeiro gol pela Seleção Brasileira escolhido como inesquecível da carreira. “Foi na Arena Sorocaba, contra o Paraguai, a bola sobrou ali e eu chutei e consegui fazer o meu primeiro gol com a seleção e foi muito especial. Meu primeiro jogo grande televisionado. Foi expandi e todos conheceram o Leandro Lino”.
Foi também a primeira convocação de Lino. “Meus ídolos estavam nesta seleção, Falcão, Tiago, Guita, Rodrigo, Simi. Desde pequeno assistindo esses craques jogarem e depois estar ao lado deles foi um sonho realizado. É muito fácil com um ídolo ao seu lado te incentivando apoiando. Todos que tem um ídolo no futsal e futebol tinham que ter essa experiência boa em poder jogar com quem admira’.
Dentre os títulos na carreira Leandro Lino bicampeão da Liga Nacional, dois mundiais de clubes e duas supercopa do Brasil. Um jogo marcado na carreira de Lino foi a Copa América de 2017. “Foi em San Juan Argentina, estávamos perdendo o jogo e conseguimos virar a partida. Um ano antes eles tinham conquistado o mundial, a festa estava toda preparada e jogamos água no chopp dos argentinos”.
O craque da bola fala sobre o adversário mais difícil de driblar. “O Henrique do Corinthians é muito difícil de passar, pela força física, jeito de marcar, um jogador que admiro também”.
Leandro Lino fala da relação com a torcida adversária. “Tive um episódio recente em Tubarão, torcedor começou a me provocar e xingar durante o jogo, eu respondi. E acabou que no final do jogo ele veio falar comigo e ficamos tranquilos. O torcedor defende o dele e eu a minha equipe durante a partida, coisa de jogo e depois fica tudo bem, com fotos e autógrafos. Importante que é sem agressões, eu respeito todo mundo”.
Ganhar um mundial com a seleção é o grande sonho. “Quero ganhar a copa do mundo, nesta última fui recuperando de uma lesão. Não estava 100%, mas estou trabalhando e muito para estar lá novamente e conquistar esse título para o Brasil”.
No final da resenha Lino fala da importância do futsal em sua vida. “Representa tudo, o futsal mudou minha vida e abriu portas, estar com grandes pessoas, grandes ídolos, conviver com pessoas especiais, conhecer novas pessoas e desafios. Sou grato o que futsal fez na minha vida”.