Heloisa Batista “Quero conquistar a faixa preta de Jiu Jitsu”.

Mais uma Guerreira das Artes Marciais e de família do Jiu Jitsu chega para contar um pouco da sua história vitoriosa na modalidade. Heloisa Batista fala de desafios, conquistas, sonhos, apoio dos pais e muito mais em uma resenha especial que você acompanha a partir de agora em nosso site.


Heloisa sempre foi ativa desenvolvendo diversas atividades. “Sempre fui uma criança tranquila, responsável e cheia de atividades, já fiz circo, teatro, dança, vôlei, natação, karatê, judô, violão, entre outras coisas”.
E com incentivo e apoio do Pai Ricardo iniciou no Jiu Jitsu. “Comecei a treinar por conta do meu pai que iniciou com o objetivo de mudar seu estilo de vida e eu e meu irmão fomos de brinde (risos), iniciei em 2011 e durante esse tempo fiz algumas aulas de Karatê, Box e Judô, porém só continuei no Jiu”.


Na oportunidade Heloisa fala sobre a modalidade e as principais dificuldades. “O Jiu Jitsu é o tipo de luta que pode ser usada tanto para competições quanto para defesa pessoal. A principal dificuldade dentro do esporte é o reconhecimento, no Brasil tudo que se vê é o futebol, a arte marcial mais vista é o MMA que é uma mistura de todos, porém os outros tipos de luta são menos vistos aos olhos do público, o que influencia no crescimento da luta, reconhecimento dos atletas e a falta de patrocínio, que é o que leva, alimenta e “banca” os atletas em competições”.


A nossa guerreira das artes marciais fala da importância do pai Ricardo e professor Daniel Ramos. “Quem me incentivou a entrar e continuar foi o meu pai, que nunca me forçou a treinar e sempre foi aberto as minhas limitações dentro do tatame, hoje em dia é o meu professor e o meu corner nas lutas. Minha grande inspiração é o professor Daniel Ramos, que me ensinou tudo que eu sei, só quem já deu aula pra crianças sabe o quão difícil é fazer elas aprenderem e prestarem atenção, ele sempre foi muito atencioso nos treinos tirando nossas dúvidas e ensinando com a maior paciência do mundo, hoje em dia mesmo não treinando sempre com ele continuo tendo um carinho imenso”.


Durante a resenha Heloisa fala sobre lutas que já realizou e como se prepara para entrar em um tatame. “Minha primeira vitória foi em um campeonato interno da Gracie Barra de Campo Mourão, lutei com uma outra criança da minha idade e a única derrota que me lembro foi em 2023 em um campeonato interno do Semeando Campeões onde fizemos no gi, que é o Jiu Jitsu sem kimono, cai na final com uma amiga minha e como não queríamos lutar uma contra a outra, tiramos na sorte. Em época de campeonato os treinos mudam para toda a academia, começamos a treinar especificamente para as lutas, como vamos fazer para começar, o que faremos quando chegar no chão, e assim em diante”.


Heloisa fala sobre uma preparação para uma luta. “Não tenho nenhum ritual pré luta, normalmente minhas lutas são as últimas por conta da categoria, então eu passo o dia correndo atrás das crianças, levando até área de preparação, buscando água, arrumando kimono, tirando foto em pódio, para daí começar a me arrumar, sempre fico muito nervosa mesmo já tendo lutado várias vezes.”


No final da resenha Heloisa fala sobre a importância da arte marcial na sua vida. “O Jiu Jitsu hoje pra mim é um estilo de vida, tudo o que uso no meu dia tem uma influência mesmo que mínima do Jiu Jitsu. No brasil as artes marciais são vistas como coisas agressivas, porém é totalmente outro sentido, a luta não deve ser usada como ataque, mas sim como defesa, então tudo que é ensinado é para auto defesa em vários contextos. Meu ídolo feminino no Jiu Jitsu é a Bia Basilio, faixa preta bicampeã mundial, bi campeã pan-americana, tricampeã do Abu Dhabi Pro, entre outros títulos, acho muito interessante a representatividade feminina dentro de um esporte considerado masculino, é de extrema importância mulheres nessas posições, com vários títulos, mostrando pra outras mulheres que é possível. Meu maior sonho hoje em dia é a faixa preta, porém como o Jiu Jitsu é uma arte muito extensa, sei que assim que chegar na preta meu objetivo será outro”.