MENU

Eliseu Souza, “O Basquete me ensinou não desistir, dedicar-me ao máximo, buscar melhorar a cada dia seja na vida profissional ou pessoal”.

Hoje o Cestinha do Resenha traz a história de mais uma revelação do basquete mourãoense, Eliseu Souza fala um pouco de sua trajetória, dificuldades, desafios, cestas inesquecíveis que contribuíram para o basquete de Campo Mourão. Uma entrevista especial que nosso site traz para os basqueteiros de plantão e amantes do esporte.


E tudo começou com ainda criança com oito anos na escola. “Um amigo me chamou no colégio, fui no primeiro treino, apesar de ser um dos mais novos, foi amor à primeira vista pela bola laranja. Como era dos mais novos, dificilmente pegava na bola, foi difícil ganhar espaço nos coletivos”.
Na oportunidade Eliseu fala sobre dificuldades e desafios na carreira. “Maior dificuldade foi romper o ligamento do joelho aos 14 anos, foi um período muito difícil, aquela época tudo era mais difícil, tive que ir para Curitiba fazer ressonância, consegui operar apenas um ano depois.”


Eliseu lembra dos primeiros lances, cestas e campeonatos no inicio da carreira. “A primeira cesta foi em um coletivo, uma bola sobrou pra mim perto do lance livre, arremessei e acertei, lembro que fui embora muito feliz aquele dia, pois era difícil fazer cesta sendo um dos mais novos. A primeira competição foi no mesmo ano, que comecei, em 1998, Centro de Excelência do Basquetebol, realizado em São José dos Pinhais, projeto que tinha como coordenadora a rainha do basquete Hortência Macari”.


Grandes jogos, cestas inesquecíveis ficam na memória de Eliseu. “Foi nos jogos escolares de 2007, disputa pelo 3° lugar, eu representava o Colégio Estadual Marechal Rondon, enfrentávamos o Colégio COC de Cascavel, com exceção do nosso pivô, todos nossos atletas eram bem mais baixos que os deles, lembro do Chinão (nosso treinador) falando que os caras tinham dito que já tinham vencido antes mesmo do jogo começar, isso mexeu com a gente, eu e o Rafinha corremos muito nesse jogo, ganhamos na garra, foi um 3° lugar muito comemorado pois o time adversário era melhor que o nosso, mas fomos resilientes. Um jogo inesquecível foi contra a equipe de Astorga, campeonato paranaense, eles tinham jogadores muito rápidos, mas no fim do jogo, bem disputado, consegui roubar a bola do armador adversário e puxar o contra-ataque, fiz a bandeja, o que foi essencial para a vitória naquela partida”.


Uma outra partida que não sai da memória foi quando anotou 5 cestas de três pontos. “Em um mesmo jogo eu consegui acertar 5 bolas de 3 pontos em 5 arremessos, naquela época não tinha essa onda de arremessos de 3 pontos que há agora, então para mim era um feito”.


Eliseu atuou pelas equipes de Campo Mourão e Goioerê e dentre as conquistas na carreira estão como atleta Jogos Comerciários fase regional 2° Lugar – 2009, Jogos Colegiais 3° Lugar – 2007, Campeão Jogos Universitários – 2011 e Jogos Abertos 3° Lugar – 2012. Como Auxiliar Técnico Campo Mourão Basquete Campeão Paranaense 2009, Campeão Jogos Abertos 2009, Campeão Copa Brasil Sul – 2011, Campeão Copa Sul Brasileira – 2012.
Kobe Bryant é o grande ídolo de Eliseu. “Foi um exemplo de atleta, de dedicação e amor ao esporte. Fez parte da minha formação como atleta, era inspiração para maioria dos atletas da minha época, já que quando comecei Michael Jordan já estava se aposentando”.


Durante a resenha Eliseu lembra da passagem por Campo Mourão Basquete. “Como sou nascido em Campo Mourão, comecei a vida de atleta muito novo, aos 8 anos iniciei os treinamentos e só tive pausa com a minha lesão aos 14 anos, após a cirurgia voltei a treinar e competir, onde disputei jogos escolares, campeonatos paranaenses e jogos abertos. Aos 18 anos parei de jogar para começar a fazer faculdade, mas um ano depois recebi o convide para voltar e trabalhar com a equipe, onde permaneci de 2009 a 2012 dando treinamento nas categorias de base, projetos sociais e auxiliando na equipe adulta, foram anos de muito aprendizado”.


O Cestinha do Resenha CM de hoje fala de alegrias e decepções no basquete. “Maior alegria foi poder fazer muitas amizades no meio do esporte, as viagens e jogos com meus companheiros de time, meus treinadores Chinão e Billy Basso, são lembranças que levarei para sempre. A única tristeza foi ter machucado tão jovem, acho que podia ter feito mais pelo esporte e pela minha cidade dentro de quadra, mas fora isso foi tudo perfeito”.


Na ocasião Eliseu faz uma avaliação do basquete brasileiro, NBB. “O basquete está crescendo cada vez mais no Brasil, vem ganhando espaço e visibilidade, o que no futuro nos permitirá encontrar grandes talentos. O NBB está cada vez mais organizado e com a participação de grandes clubes, como Flamengo, Corinthians, São Paulo, Botafogo, atrai mais espectadores, investidores e divulgação do esporte. Mas é bom ver também equipes tradicionais do basquete na competição, como Franca, Paulistano e União Corinthians, espero que o nosso Campo Mourão Basquete volte logo a disputar o NBB.


A NBA também é lembrada na resenha. “É a melhor e maior liga de basquete do mundo, a razão por muitos, atletas ou não serem amantes do basquete, é o show, o espetáculo, espero um dia poder assistir a um jogo ao vivo, será a realização de um sonho. Gosto muito do Lakers, por conta do Kobe, mas minha torcida fica para o Golden State Warriors, quando o Leandrinho foi para lá, comecei a torcer por eles, e não parei mais, agora com o Gui Santos, tomara que consigam se reerguer”.


No final da resenha Eliseu fala da importância do basquete na sua vida. “É o que desenvolveu meu amor pelo esporte e pela atividade física, ensinou-me a ser persistente e procurar sempre melhorar. E isso é o que tento trazer para minha vida, não desistir, dedicar-me ao máximo, buscar melhorar a cada dia seja na vida profissional ou pessoal.