Hoje o quadro craque da bola vai relatar a história de um zagueiro raiz e de muita qualidade que fez sua historia em clubes tradicionais, principalmente do nordeste. Natural de Cuiabá no Matro Grosso, Natanael Costa de Miranda, o “Miranda” participa da nossa resenha que você começa a acompanhar a partir de agora.
Logo no inicio da entrevista Miranda revela que não tinha habilidade com a bola. “Meu início no futebol foi aos nove anos e até os 11 anos eu nem nos jogos do recreio da escola eu era chamado, de tão ruim que eu era (risos), não levava muito jeito para o futebol, mas como sempre fui um menino pobre, vi o futebol como um meio de sobrevivência e melhorar as condições da minha mãe, e fui atrás”.
Miranda afirma que não basta apenas ter o dom de jogar, é preciso mais. “Muitas pessoas pensam que para ser um atleta precisa ter Dom, eu discordo. Para ser um atleta de alto nível precisa ser focado, guerreiro e trabalhar muito nos seus defeitos. E fui corrigindo meus defeitos que eram muitos. Até que aos 12 anos eu tive uma evolução gigantesca, que chamo de evolução de Deus. Para um menino que nem no racha do recreio da escola era chamado, consegui entrar no time da minha vila, foi a minha primeira vitória no futebol”.
Um ano passou e Miranda foi chamado para treinar e jogar em uma das melhores escolinhas de Cuiabá, depois foi para o Athletico Paranaense e iniciou sua carreira com o futebol. Miranda teve passagens por Atlético, Bahia Rio Branco, Operário, Santo Ângelo, Prudentópolis. Arapongas, Campo Mourão, Costa Rica Desportivos Brasil Ariesul – Romênia Sun Pegasus – Hong Kong Sepahan – Iran União Frederiquense
Miranda relata as principais dificuldades de um jovem se tornar um atleta profissional. Hoje em dia a dificuldade é a oportunidade, antigamente você pegava sua mala e batia na porta de um clube, e pedia para fazer um teste e o clube abria as portas para você, Hoje se você não tiver empresário ou alguém que tenha moral no clube você não consegue nem chegar no clube. Hoje o futebol não é apenas um esporte, futebol virou um Negócio. Nem sempre os melhores vencem, às vezes os que têm melhores ” padrinhos ” tem a oportunidade ”.
Maior clássico da Bahia, entre as equipes do Bahia e Vitória mudou a vida do zagueiro. “A Minha Maior Dificuldade para profissionalizar, foi a concorrência, na época que me profissionalizei no Bahia era uma safra de jogadores de alto nível, a minha sorte foi que no Clássico Bavi ( Bahia e Vitória ) eu com 16 anos jogando de titular do sub 20, e fazia uns 6 anos que o Bahia não era campeão e uns 10 jogos sem vencer o Vitória, nessa partida ganhamos de 2 x 0 e eu fiz uma grande partida, em seqüência assinei meu primeiro contrato”.
A mãe e o padrinho foram as pessoas que mais incentivaram Miranda em ser um jogador de futebol. E a maior inspiração do zagueiro craque da bola do Resenha? E o ídolo? Miranda cita o ex zagueiro da Seleção Brasileira Lucio foi quem inspirou a carreira e o Ronaldinho Gaúcho é o grande ídolo.
Miranda escolhe os melhores treinadores que marcaram sua carreira. Dentre eles Ricardo Silva Ex Bahia e Vitória, Thiago Nunes Ex Corinthians e Márcio Máximo da Seleção Guiné Clubes.
Dentre os principais títulos estão: Campeão Juniores Invicto Campeão Taça Estado Profissional com o Bahia.
Miranda é zagueiro artilheiro? É sim senhor, dentre tantos gols na carreira,ele cita um que aconteceu nos acréscimos de uma partida. “Tive alguns gols importantes, mas o mais inesquecível foi no futebol amador, Jogando por Corumbataí. Corumbataí 2 a 1 contra o Ubiratã. Até os 47 minutos do segundo tempo o jogo estava 1 a 1, o empate eliminava as duas equipes, faltando um minuto e meio pra acabar, eu fui para área, o treinador gritava volta (risos), eu não obedeci (risos) . E pude fazer um gol de bicicleta e pude classificar meu time para as semifinais, foi incrível alguns torcedores emocionado pela inédita classificação”.
Ao atuar pelas equipes da Costa Rica Desportivos Brasil Ariesul – Romênia Sun Pegasus – Hong Kong Sepahan – Iran União Frederiquense, Miranda fala da experiência em jogar fora do país e a diferença do futebol europeu com o do Brasil. “É uma experiência única, poder conhecer culturas, idiomas diferentes. Jogar contra atletas renomeados, alguns de seleções, isso não tem dinheiro que pague.. Futebol Europeu O futebol Europeu é muito mais evoluído que o futebol brasileiro. Essa atualização que está tendo no futebol hoje, eu já vivenciei 2011 na Romênia, estamos muito atrás, porém estamos caminhando. O futebol brasileiro é muito no individual, futebol Europeu é equipe, conjunto, muita dinâmica e muita responsabilidade tática. Por esses fatores que grandes craques do futebol Brasileiro, vai para o exterior e não consegui jogar, não por que são ruins, e sim porque não consegui ter a dinâmica e responsabilidade tática”
O zagueiro cita os atacantes mais difíceis de serem marcados durante a carreira. “ O Babel da seleção Holandesa, Walter do Atlético Paranaense Finazi Ex Corinthians, Gabiru Ex – Internacional, Nonato ex Bahia.
E na opinião do nosso craque da bola, como esta o futebol amador da região. “ O Futebol amador da região tem um bom nível, porém pouco incentivo e pouco investimento. Precisa com urgência de profissionalização do futebol amador da região. Como Profissionalização do futebol amador? Pessoas que crie competições de alto nível, dirigentes que invista no amador e que faça uma competição com mais atração, vou citar um exemplo, Cuiabá que tem um dos melhores campeonatos amadores do Brasil.
Miranda revela o seu sonho. “É que a minha empresa M4 SPORT, se torne um Clube Profissional e dar oportunidade para jogadores da região .”
Miranda escala o time com os melhores com quem já jogou junto
Goleiro: Max
Lateral Direito: Eduardo Arroz
Lateral Esquerdo: Avine
Zagueiro Direito: Douglas Mendes
Zagueiro Esquerdo: Bruno
Volante: Peti
Volante: Elton
Meia Direita: Ananias
Meia Esquerda Jonatan Cafu
Atacante: Paulo Roberto
Atacante Mike James
Técnico Marcio Maximo