Cesar Fabretti , “Basquete é sonho, alegria, família, trabalho, emoção, tudo isso é mais um pouco”

Hoje nosso quadro Cestinha do Resenha traz a história de Cesar Fabretti, destaque e campeão do basquete paulista com passagens por Campo Mourão. Fã de Oscar Schimidt O ala pivô conta a sua trajetória, conquistas, alegrias e decepções na modalidade. Mais uma entrevista especial que o Resenha apresenta para os nossos leitores.


E os primeiros arremessos na cesta começaram no interior de São Paulo. “Comecei a jogar em projeto municipal em Lins sp. Eu sempre fui atleta, comecei na luta com Judô, karatê e Kung fu depois conheci o vôlei onde comecei a me destacar, mas fui convidado a conhecer o basquete e nunca mais parei”.


A família sempre esteve ao lado de Cesar e sempre foram os grandes incentivadores. “Meus Pais sempre me incentivaram, e quando eu quis ir pra São Paulo fazer testes eles me encorajaram de pronto. Minha maior inspiração, pois me mostraram através do exemplo, que com trabalho duro e dedicação é possível mover montanha”.


Cesar fala do início de carreira difícil. “Sair de casa aos 14 anos pra morar em São Paulo, praticamente sem recursos para tal porque pra comer meus pais me mandavam o ticket alimentação mais 50 reais por mês”. Os grandes desafios também são lembrados pelo ala pivô. “As maiores dificuldade foram as lesões, ao longo da minha carreira passei por 4 cirurgias, e a recuperação de cada uma delas foram sem dúvidas meus maiores desafios. Pois tinha sempre a dúvida se eu iria voltar a alcançar o alto nível’.


A primeira competição disputada foi atuando pelo Corinthians em 1996, durante a entrevista ele lembra da primeira cesta. ‘Não me lembro bem contra quem foi, mas lembro que minha primeira oportunidade no profissional foi dada pelo Guerrinha, e minha primeira cesta foi de 3 pontos. Me Lembro da ansiedade, quando o técnico chamou para entrar, e da satisfação da primeira cesta”.


Cesar atuou na carreira pelas equipes. Corinthians, Bauru Basquete, Conti Assis, Rio Claro, Araraquara, Pinheiros, Paulistano, São José, Franca, Campo Mourão. Dentre os títulos na carreira estão: tricampeonato paulista, campeão paranaense, campeão brasileiro, vice campeão do NBB, vice campeão sul americano. “Gostei muito de Campo Mourão, torcida apaixonada, infelizmente não alcançamos os Playoffs para presentear o torcedor’
Na oportunidade Cesar cita um jogo inesquecível na carreira. “Final do NBB jogando pelo Paulistano contra o Flamengo. Na Arena HSBC com ginásio lotado mais de 15.000 pessoas se não me engano, o jogo foi decidido no último minuto, mesmo perdendo, aquela final foi memorável”.


O cestinha do resenha lembra ainda da cesta e do toco inesquecível. “Jogando por Franca contra o Paulistano , perdendo o jogo de dois pontos, eu tive 2 lances livres para empatar mas errei, depois recuperamos a posse e eu sabia que a bola era minha, fui pra zona morta recebi o passe fintei dois jogadores e acertei a bola no estouro. De três pontos me lembro de uma sequência de sete bolas de três seguidas na Liga das Américas jogando pelo Paulistano. Dei alguns tocos durante minha carreira, mas sempre que me perguntam lembro do toco do Lebron nas finais.


Durante a resenha Cesar fala sobre a maior alegria e decepção na carreira. “Maior alegria é a de viver um sonho todos dias, e decepção é ver tantos times acabando ao longo dos anos e interrompendo trabalhos belíssimos no esporte.’


Cesar faz uma avaliação do basquete brasileiro e do NBB. “Temos um campeonato para elite do Basquete muito bom, mas o caminho para as equipes menores chegarem a esse campeonato a cada ano fica mais difícil, a escada de crescimento para essas equipes não existe mais. Temos uma seleção moderna com todas as armas para vencer, e acredito no trabalho do Gustavo Di Conti. O NBB é muito bem Organizado, a estrutura melhorou muito elevando o nível das equipes”.


No final da resenha Cesar fala da importância do basquete na sua vida e o maior aprendizado. “Difícil falar, sonho, alegria, família, trabalho, emoção, tudo isso é mais um pouco. Aprendizado primeiro é o respeito aos esporte e a família que vibra e sofre junto com vc, respeito ao próximo, valorizar o trabalho duro, me ensinou a lutar e a entender a vitória e a derrota, sempre tirando algum aprendizado delas”.

Fotos Arquivo Campo Mourão Basquete/ Arquivo Pessoal Cesar