Nosso quadro Craque da Bola está pra lá de especial e muito divertido. Porque a Resenha de hoje é com um atleta folclórico e muito bom goleiro. Trata-se de Anderson Lambari, com um jeito carismático e boa praça que tem muitos amigos no futsal de Campo Mourão e do Paraná. Você acompanha a historia dele nessa super resenha a partir de agora.
Lambari começou no futsal criança, como boa parte dos atletas. “Comecei na Associação Tagliari com seis anos em 1984 e em 2000 foi meu primeiro ano como federado pela Employer Campo Mourão, na chave prata. E desde pequeno gostava de ser goleiro, contrariando o pai. “Sempre gostei de jogar no gol, era goleiro na maioria das vezes, já está no sangue. Meu pai Álbari sempre quis que eu gostasse de futebol, mas não queria que eu fosse goleiro (risos). E meu Tio Ica quando me levava para os treinos deixava eu jogar no gol”.
E o grande sonho era se tornar um jogador de futebol. “Maior sonho, quando criança era ser jogador, e consegui realizar quando joguei o Paranaense de 2000 a 2007 inclusive ao vivo pela RPC, filiada à Rede Globo”. Ele cita os grandes ídolos e inspirações. “O maior ídolo no futebol era Ronaldo Giovanelli e no Futsal Robson e Xaxo (in Memoriam) ”.
Na oportunidade Lambari lembra com gratidão três técnicos com quem treinou e conviveu. “Não posso deixar de citar três grandes nomes, Mário Paulista, Itamar Tagliari e Marcão Coltro ( AFSU Umuarama). E o ala Esquerda foi citado como grande parceiro na carreira. “: Companheiros foram vários, destaco os elencos de Campo Mourão, Umuarama 2003, AABB Campo Mourão de 2016 e Fruto maduro 2016 a 2019. Mas o maior parceiro foi Leandro Demétrio o “Esquerda” que passamos por várias situações como companheiros de equipe”.
E a história do goleiro com o time do Campo Mourão Futsal começou na volta para casa depois de um dia de trabalho. “Eu sempre disputei os campeonatos da cidade tanto futsal como futebol suíço, até que um dia quando retornava pra casa depois do trabalho, encontrei o Tanaka no caminho para o Lar Paraná. E começamos a conversar até chegar no Ginásio do Lar Paraná. E ele conversou com o Itamar Tagliari e me fizeram o convite para treinar com a equipe, mas sem compromisso, pois os goleiros eram nada mais, nada menos que Robson e Flavinho Bisol. Eu aceitei lógico e fui treinar. Na semana da estreia durante o treino, o Robson teve uma lesão e não tinha outro goleiro para viajar na estreia do time na chave prata. O Itamar Tagliari me perguntou, você e federado? o que acha de eu federar você? Aceitei na hora, e por final acabei campeão da chave prata e aí foi impulso para os anos seguintes”.
Conciliar trabalho, jogos e treinos eram as principais dificuldades. “Era parecida com as dos demais atletas, tinha que conciliar treino e trabalho pois nesse tempo o futsal da cidade não tinha uma estrutura para manter todos os atletas, pois do elenco do ano 2000 somente quatro atletas eram de fora da cidade”.
Lambari atuou no gol pelas equipes Employer Campo Mourao 2000/001, Coopermibra 2002, 2005; AFSU Umuarama 2003 e Campo Mourão Futsal 2006/07. Ele lembra com carinho dos títulos. “Fui Bicampeão Paranaense da Chave Prata 2000, Employer Campo Mourão e 2003 AFSU Umuarama, Copa Sul em 2006 Campo Mourão Futsal e Jogos Abertos também em 2006 por Campo Mourão. Também fui Campeão Paranaense dos Jogos da AABB em Cascavel e Campeão Paranaense dos Jogos Comerciários em Caiobá pelo Fruto Maduro”.
Lambari lembra do gol e da defesa inesquecível da carreira. “O Gol que não esqueço foi o primeiro da carreira contra Universidade Federal em Campo Mourão e o mais bonito em 2006 contra Foz do Iguaçu fora de casa. Já a defesa foi um tiro livre contra Londrina em 2001, meu primeiro jogo na chave ouro”.
E os craques da bola no futebol e futsal. Lambari cita três de cada modalidade. “No futebol de campo, Zico, Romário e Ronaldo. Já no futsal Anderson Piolho, Tanaka e Falcão”.
A Semifinal da Copa Sul em 2006 ficou marcado para Lambari. “São muitos jogos inesquecíveis, mas destaco a semifinal da Copa Sul em 2006 contra Horizontina, eu estava no banco, não entrei no jogo, mas vencemos por 3a2 e fomos pra final 95% não acreditava na nossa vitória”.
E deste jogo ele lembra uma história engraçada que aconteceu com a equipe na competição. “Foi o dia que saímos para ir a Palotina jogar a semifinal da Copa Sul contra a John Deer de Horizontina, e quando paramos em Assis Chateaubriand tivemos que empurrar o micro-ônibus, que estragou e não dava tempo de outro ônibus ir buscar o time para chegar a tempo em Palotina. E ainda tinha gente que dizia, empurrando o ônibus vai querer ganhar da John Deer? Foi 3a2 pra nós vaga na final e festa na volta sem a busão quebrar”.
Lambari fala o que representa o futsal em sua vida. “Fazer parte de uma família de esportistas não existe palavras para descrever e bom demais. Maior alegria no futsal, poder ter feito parte das conquistas nas equipes que atuei, não tive decepção graças a Deus. O Futsal é o esporte que me ensinou muito na vida, agradeço por me proporcionar momentos que talvez eu não poderia ter”.
E no final da Resenha ele fala em poder jogar em Campo Mourão; “Jogar em Campo Mourão foi a melhor coisa que já me aconteceu na vida, pois, tive a oportunidade de ser campeão, fazer amigos, desfilar no caminhão do corpo de bombeiros e jogar ao vivo na Globo. Tive a oportunidade de jogar três paranaenses acima de 40 anos em, Foz do Iguaçu, Pato Branco e Paranavaí, e ter sido lembrado pela diretoria da ACMF com duas cadeiras no Ginásio Belim Carolo”.
Lambari cita os melhores jogadores por posição que jogaram com ele
Goleiros, Robson, Nikinha, Buiu
Fixo ,Tanaka, Everson Alemão, Sandro Davanço, Chocolate,Berg (Umuarama)
Ala direita, Gelsinho, Testinha(Umuarama),e Piliu
Ala esquerda, Esquerdinha, Weverton e Ferrugem
Pivôs, Fernandinho, Paulinho Zagoto e Paulo Gil
Técnicos, Itamar Tagliari e Marcão Coltro Umuarama
Fotos: Arquivo Pessoal de Lambari