Hoje nosso quadro “Resenha com as Minas” do site Resenha CM traz a entrevista com a jornalista Ruth Borsuk, que além do jornalismo tem a paixão pelo futsal. Atleticana ela também fala sobre o time do coração e o trabalho de assessoria de imprensa do nosso futsal mourãoense. Resenha muito animada que você começa a acompanhar agora em nossa página.
Por influência do pai, Ruth começou a gostar de futebol e na escola até arriscava uns dribles e chutes “Desde criança, sempre gostei de assistir pela tv. Na escola arriscava jogar futsal (não que fosse boa, mas adorava jogar). Meu pai sempre incentivou. Ele queria ter um menino para ensinar a jogar e ganhou de presente duas filhas. Por esse motivo, desde pequenas nós duas somos apaixonadas pelo esporte. Meu pai assistia jogos conosco e nos ensinava as “ações” dos jogadores durante as partidas.
Ruth ainda tenta uns dribles, uns chutes na pelota em jogos com amigas e fala da paixão pelo futsal. “Já tentei jogar, mas sou meio perna de pau. Adoro jogar futsal, é um esporte gostoso de se praticar, mas não sou boa o suficiente para ser profissional. Jogo mesmo para sair do sedentarismo e me divertir com as amigas. Pouco antes da pandemia estávamos em um bom grupo para jogar, mas desde que se iniciou não nos encontramos mais. Ou seja, já estamos há mais de um ano sem praticar”
Para não causar discórdia na família, Ruth escolheu torcer para o Athletico Parananense.” Eu sou atleticana. A escolha se deu pelo seguinte motivo: pai santista e mãe corinthiana. Fiquei com dó dos dois, e para não desagradar nenhum quis escolher um terceiro. Com 8 anos, no ano de 2001, vi o CAP ser campeão, em um jogão contra o São Caetano, aí decidi o time. Depois disso foi tanto sofrimento (risos), mas não quis trocar de time não. Sustento minha paixão, ainda mais depois que conheci a Arena da Baixada. Foi emocionante demais. Na vitória ou na derrota, sou furacão”.
E como uma boa torcedora do Athletico, o time do coração não pode perder de jeito nenhum um atletiba. “Aqui nem tanto, mas na capital é uma rivalidade muito grande. A gente acaba pegando uma certa raiva do adversário (risos), mas geralmente a gente ganha, então fica tudo bem.
A maior alegria e a maior tristeza no futebol tem relação com a seleção brasileira e a copa do mundo. “A conquista do pentacampeonato em 2002. Foi incrível demais. Mesmo eu sendo criança, foi algo inesquecível. Lembro da alegria da minha família, nossa, me emociono só de lembrar.A maior tristeza foi o 7 a 1 da Alemanha no Brasil. E quando o CAP perdeu a final da libertadores para o São Paulo em 2005”.
Marta foi escolhida como ídolo, apesar de citar outros grandes nomes do futebol. “Gosto de muitos jogadores, admiro Pelé, menino Ney, Messi, CR7. Mas se eu não citasse a Marta como inspiração estaria mentindo. Ela é o grande exemplo de determinação e espelho pra moçada que tá começando, até pra quem já tem carreira. Ela é literalmente “O cara” no gramado.
E o melhor técnico? E o melhor jogador que Ruth viu jogar? Ela escolhe da Seleção Brasileira. “ Gosto do Tite. Acho ele muito estratégico. Mas gostava do trabalho do Felipão também. Neymar, apesar das manhas. Eu acho ele um excelente jogador. Tem gingado. Gostava demais também do Robinho e suas pedaladas”.
Ruth fala do futebol brasileiro atual e uma comparação com o europeu. “Eu acho o futebol brasileiro de qualidade boa. Não estou me baseando em dados, mas parece que estamos mandando menos jogadores para fora. E não acho um coisa ruim, se eles ficam por terem bons salários aqui. Não é porque fulano ou ciclano é bom que precisa ir embora, tenho um “Q” com isso. Temos excelentes jogadores, futuros craques, não é justo irem todos pra Europa. Vamos valorizar nossos meninos. Os Europeus têm mais dinheiro, consequentemente podem pagar mais. Enfim, compram quem eles querem e assim vai”
O futebol feminino tem evoluído, Ruth percebeu isso e falou durante a a resenha. “Temos uma longa caminhada ainda, mas vejo que estamos sendo valorizadas, aos poucos. Marta fez um grande trabalho na sua jornada. Até alguns campeonatos estão sendo televisionados, o que parece pouco mas é uma grande evolução. Não só no futebol, mas em outros lugares, os preconceitos estão sendo quebrados e creio que em breve (não muito) estaremos quebrando mais essa barreira”.
Na temporada passada Ruth foi assessora de impensa da equipe de futsal da cidade e elogiou o trabalho realizado pela diretoria e citou um grande aprendizado. “Foi uma experiência incrível. Cheguei lá praticamente crua, sem saber nada sobre técnicas. Sempre gostei mas não entendia nada. Só sabia quando era gol rs. Enriqueceu demais meu currículo. Hoje valorizo demais o trabalho do futsal. Quem vê de fora não tem nem noção de como aquilo tudo é trabalhoso, de como existem dificuldades. O esporte não é só os “40 minutos” de jogo, é muito mais que isso. Como eu já citei, é sustento, é crescimento, e é a vida de muita gente. Aprendi a amar e valorizar o futsal.
Finalizando nossa resenha Ruth fala da importância do futebol para ela. “Futebol é alegria, é paixão. Mas também é sustento de muita gente, é desenvolvimento, é educação. Parece poético, mas é a realidade. Só quem já trabalhou na área (como foi meu caso) ou já se envolveu com o esporte, sabe da importância”.
Fotos: Arquivo Pessoal Ruth