No quadro Coach do Esporte o nosso convidado é Paulinho Gambier, atual técnico do Yeesco Sercesa. Há quase 40 anos atuando como atleta e em Comissão Técnica, Gambier tem contribuindo para formação de craques, além disso montando equipes de pontas em diversos campeonatos. Durante a resenha de hoje, vamos conhecer um pouco de sua trajetória, vencendo batalhas dentro e fora das quadras como foi um problema de saúde no ano passado. Mais uma entrevista especial que trouxemos para nossos leitores e parceiros do site.
Paulinho Gambier está no futsal há 37 anos. “Ao longo de minha carreira profissional como treinador iniciando nas categorias de base desde 1986 com equipe federadas, escolinha, futsal escolar e desde 1994 trabalhando com equipes adultas profissionais porem sempre buscando e valorizando as categorias de base por onde passei’.
Como atleta Paulinho também atuou com destaque por equipes importantes do futsal nacional. ‘Como jogador alternei em equipes de base federadas e no futsal de rua no qual acredito que me ajudou muito no desenvolvimento técnico e cognitivo do jogo. Comecei a entender realmente o futsal quando na categoria Sub 20, cheguei no Bradesco umas das primeiras equipes profissionais no Brasil e no mundo , onde comecei a entender a complexidade do esporte futsal , seus treinamentos , estratégias e gestão de pessoas para a formação de uma equipe , foi um grande aprendizado com os profissionais da área técnica(Paulo Mussalem , Trepinha , Ricardo Lucena) .Em 1986 me transferi para jogar em Curitiba a convite do Ferretti para a equipe do Unibox (Nessa época a força do Futsal Paranaense era na Capital com grandes equipes ao contrário de hoje que está no interior)
Uma das maiores influências de Paulinho é o técnico Ferreti com quem aprendeu muito na carreira do futsal. “Minha maior influência para ingressar na profissão foi nessa época quando conheci o Ferretti, onde trabalhamos em duas equipes, eu como jogador e ele treinador comecei a admirar seu trabalho e fui muito incentivado por ele para seguir nesta carreira buscando mais conhecimento na área da educação física, ingressando na faculdade e fui construindo minha carreira nas categorias de base das equipes onde eu jogava e no futsal escolar. E como jogador tive a oportunidade de estar sempre em contato com grandes jogadores e treinadores durante as competições estaduais e nacionais de 86 a 93 jogando em Curitiba estive na seleção paranaense por oito anos participando de todos os brasileiros seja de clubes ou seleção, essas participações contribuíram muito para o conhecimento da minha ideia de jogo como antes não tinha como ver jogos pela TV ou internet a participação em torneios nacionais ajudava no aprendizado”.
Como jogador Paulinho atuou entre os anos de 84 a 93 nas equipes Hebraica, Bradesco, Social Ramos RJ, Unibox PR, AABB PR, Candeias PR, Pato Branco, Curitibanos. Dentre os títulos como atleta estão Campeão Carioca Sub 20, Campeão Paranaense, Vice Campeão Paranaense, Campeao Metropolitano Curitiba.
Já como treinador o trabalho começou em 1986 com as categorias de base em Curitiba até chegar em grandes clubes do futsal nacional. Dentre eles Inpacel, Perdigão, Xaxim, Blumenau, Asbac Brasília, Seara, Seleção da Guatemala, Malwee Jaraguá, Seleção Sergipana, Banespa, Barueri, Itajai, Três Coroas, Unisul, Joinville, Salmiya Kuwait, Arabi Kuwait, Walkra Qatar,Umuarama, Marreco, Chopinzinho, Joinville, Uruguaiana e Yeesco Sercesa.
Um currículo com diversas conquistas importantes durante a carreira. Campeão Mundial e Paranaense pela Inpacel, vice campeão Catarinense, Campeão Brasiliense, Vice -Campeão Sub 20 , Campeonato Paulista, Campeão Sub 20, Campeonato Paulista, Vice-campeão Catarinense , Campeão Liga Sul , Campeão Catarinense, Campeão Da Liga Do Kuwait, Campeão Ramada Torneio Internacional Do Kuwait, Campeão Super. Copa Kuwait, Vice -Campeão Super. Copa Kuwait, Campeão Taça Brasil.
O título no Kuwait foi considerado o inesquecível. “O motivo foi pelo desafio de trabalhar num país com uma cultura muito diferente e minha equipe antes da minha chegada na liga anterior ficou nas últimas colocações e com os mesmo jogadores locais e com a ajuda de 4 brasileiros (Cabreuva , Thiago Gordo, Sid e Rodrigo) consegui implantar minha metodologia de trabalho e além de colocar três jogadores na seleção kuaitiana e dois goleiros pelo trabalho do meu preparador de goleiro Diego Brausio, foi uma grande experiência que me fez aperfeiçoar o que eu acreditava para construir uma metodologia de trabalho”.
Durante a resenha Paulinho fala sobre os desafios da profissão. “São grandes mas como qualquer outra profissão você tem que estar preparado para as oportunidades, ter vocação e o fator sorte também, faz parte estar no local e hora certa porem sempre se preparando porque o futsal e muito dinâmico. E ao longo de 20 anos com as mudanças de regras e criatividade dos jogadores e treinadores brasileiros mudou muito todos os conceitos e aqui diferente de outros lugares cada equipe que você enfrenta é um jogo diferente, onde tem que estar sempre ajustando seu plano de jogo por isso permanecer sempre atualizado não só na parte técnica mas em outras áreas principalmente gestão de pessoas. Tem momentos muito difíceis tanto emocionais como financeiros no caminho”
Temporada com início muito bom a frente do Joinville, Paulinho teve que se ausentar e lutar e vencer um tumor que apareceu em seu cérebro. “Foi muito enriquecedora primeiro por voltar a liga depois de dois anos fora , para uma equipe de grande investimento que era Joinville. E um grande desafio, uma equipe que estava muito tempo com o mesmo grupo e mesma metodologia, plano de jogo e o desafio foi mudar alguns conceitos de ataque e defesa, mas tive a ajuda de um grupo de jogadores que além de muita qualidade técnica um grupo muito receptivo e uma excelente comissão técnica e estrutura , com isso conseguimos um trabalho onde conseguimos uma conquista muito importante taça brasil e lideramos a Liga nacional juntos com a equipe da Magnus. Infelizmente tive um problema de saúde e tive que me afastar devido a cirurgia e recuperação porem o trabalho seguiu onde meu auxiliar Vandré fez uma trabalho excelente na sequencia porem na liga nacional onde o mata mata com duas partidas teve a desclassificação das quatro melhores equipes e saímos antes de conseguir nosso segundo objetivo de fazer uma final da liga’
Na oportunidade Paulinho falou sobre a recuperação. “Foi muito difícil naquele momento me afastar da equipe que estava em um momento muito bom porem muito necessário , mas com o apoio de minha esposa e meus familiares, tive que aceitar, consegui uma recuperarão excelente sem sequelas apesar da complexidade da cirurgia a retirada de um tumor Benigno no cérebro e vida que segue .Na sequencia devido ao período de recuperação não renovei com a equipe , mas minha recuperação foi muito boa e no final de dezembro estava liberado pelo medico, foi quando fui procurado pela equipe de Uruguaiana RS, através do supervisor Keke entrou em contato e isso foi muito importante e agradeço muito ai voltar ao trabalho que me proporcionou a ser lembrado pela a equipe Yeesco Sercesa que tem como coordenador técnico Jarico para um grande projeto na cidade de Carazinho” .
No final da resenha Paulinho fala sobre a expectativa para temporada 2023. “Estamos construindo uma equipe e também fazer renascer o futsal de carazinho que já viveu momentos muito bons na década de 90 no comando técnico do Jarico que em 2019 voltou a cidade como treinador e com muito sucesso teve boa conquistas. E com esse reinicio a diretoria da Sercesa teve a procura do grupo Yeesco para uma parceria para a sequência da equipe com isso o Jarico tomou a decisão de sair da função de treinador para coordenador técnico e eu fiquei muito honrado de ser lembrado para esse grande projeto junto com o Jarico e Zezinho o supervisor que foi meu atleta no passado, esperamos fazer uma boa liga gaúcha e campeonato federação para conquistar vagas para um calendário em competições nacionais e fazer uma boa copa do brasil que e uma competição inédita para cidade de Carazinho. E para o ano de 2024 o projeto de disputar a Liga Nacional e construir uma estrutura nas categorias de base até o sub 20”
