Hoje nosso quadro Fera do Esporte Mourãoense traz a historia de um dos destaques do voleibol mourãoense, Thiago Lima chega para contar um pouco da sua trajetória no vôlei de quadra e recentemente atuando no Voleibol de Praia, com um projeto que tem crescido com a modalidade em Campo Mourão. Durante a resenha você vai acompanhar, o inicio, as conquistas de Thiago em mais uma entrevista especial que só o resenha traz.
E tudo começou com incentivo do pai Marcilio, atleta e posteriormente técnico de voleibol de Campo Mourão. “Me lembro de começar jogando em casa com 5, 6 anos. Meu pai era técnico de Campo Mourão e na época o ginásio não tinha lugar pra guardar as bolas. Ele levava pra casa. Eu e meu primo Rafael, pegávamos as bolas mais velhas para brincar na área da casa da minha vó. Mas na escolinha inicie com 7 anos com o professor Dalton no ginásio da vila urupês”.
O pai Marcilio sempre foi a grande inspiração. “Ter alguém dentro de casa que foi profissional e que todo mundo falava tanto que jogava tão bem era uma grande inspiração em querer ser alguém como ele. Incentivador foi meu primo Rafael. Teve alguns episódios que eu acabei brigando no treino ou não querendo aceitar alguma proposta de outro time que ele sempre falava comigo pra não desistir. Treinamos muito tempo juntos e até jogamos um jogos abertos no vôlei de praia também”.
E já na primeira partida o Colégio Unidade Polo já percebia que Thiago era diferenciado no voleibol. “Foi em um interclasses. 5ª B, que era minha sala contra 5ª C. Não lembro o motivo ,não acabou o interclasses no sábado. Professor Idê marcou para segunda feira nas duas últimas aulas e também não faço idéia do porquê, o ensino médio foi liberado pra assistir essa final. Como eu já treinava com a rede a 2m,35cm jogar com a rede a 2m,15 cm foi diversão pura. Ganhamos e virei a sensação do vôlei no colégio, até autógrafo o pessoal mais velho me pedia, tudo na brincadeira”.
E não demorou para Thiago atuar pela seleção da cidade. “Por Campo Mourão foi uma liga Oeste, algo assim em Marechal Candido Rondon em 2000 com 13 anos. Como mais novo tinha todo o contexto de calouro e tudo mais, mas graças a sorte, escapei dos trotes mais pesados, mas serviu demais como aprendizado em ver de perto tanta gente boa jogando e querer cada vez mais jogar igual a eles”.
Profissionalmente jogou até aos 21 anos, mas no fundo nunca parou de jogar e durante a resenha revelou o sonho. “Levando o esporte como profissão foi até os 21 anos. Após isso sempre foi conciliando com o trabalho, mas ainda estou na ativa tentando incomodar a molecada mais nova. O sonho Hoje em dia, fazer Campo Mourão relevante no vôlei de praia no cenário estadual”.
Thiago atuou Campo Mourão, Lençóis Paulista, Candido Mota, Teixeira Soares, Jacarezinho, São João do Ivaí, Marialva ,Ivaiporã, Chiclana (ESP) e Astillero (ESP). Dentre os títulos estão: São vários títulos de jogos abertos e jogos da Juventude regional. Campeão Sub21 e Sub19 em São Paulo. Campeão jogos abertos divisão B.
Na oportunidade ele fala como foi jogar na Espanha. “Joguei durante uma temporada na Espanha 2007/2008. Fiz a temporada de verão, vôlei de praia. E temporada regular na quadra por Chiclana. Foi uma experiência sensacional, estrutura de clube, de campeonato e crescimento como pessoa extraordinário. Fiz amigos que até hoje tenho contato e ainda quero voltar a Espanha a passeio desta vez.
O atleta cita as alegrias e decepções da modalidade. “Alegria conquistar minha primeira medalha de jogos abertos na 1° divisão por Teixeira Soares em 2014. Tínhamos um time que era cada um de um canto do estado mas tivemos uma química de jogo perfeita, por pouco não fizemos a final mas a medalha de 3°lugar valeu como de 1. Decepção: perder pra São Miguel do Iguaçu uma semifinal de jogos da Juventude, meu último ano, em Maringá em 2004. Tínhamos um time muito bom que por detalhes deixamos escapar nossa final.
O vôlei de praia é outra paixão de Thiago, sempre gostei de jogar os dois, praia e quadra. Comecei na praia vendo os mais velhos, meu pai, Gilson, Valdomiro, Ernesto, Chancho, jogando na praça do fórum. Era um bate bola tenso, de muita qualidade, que pelo número de duplas, quem perdia quase não conseguia voltar a jogar no mesmo dia. Com 15 anos comecei a dar trabalho pros mais velhos e começaram a me respeitar na praia também. Gilson e o meu pai e uma galera toda aí que começaram a jogar vôlei de praia em Campo Mourão. Eles fizeram uma quadra em frente do que hoje é o CISCOMCAM próximo ao estádio. O nome era palhinha, porque era de palha de arroz a quadra em cima da terra. Essa história eu sei porque me contaram porque pelo o que sei, eu ia lá e com o meu pai e quase sempre dormia, ele me deixava no banco do carro pra poder jogar “.
Junto com o parceiro Nathan, estão representado bem a cidade em competições. “Eu e o Nathan temos 5 competições juntos e todas com medalhas. Mas o vice agora nos jogos abertos foi a principal delas. E vamos atrás da medalha na fase final’.
No final da resenha Thiago fala sobre o que representa e os ensinamentos do voleibol na sua vida. “Amigos, família, união. O voleibol é um modalidade extremamente difícil de ser praticada porque dependemos, querendo ou não, sempre de mais alguém. Então do vôlei tirei o que hoje são meus grandes amigos e padrinho de casamento. Pra um time dar certo tem que ter muita confiança e isso levo pra vida! Saber que o importante é fazer seu melhor. Sempre deixar os 100% em tudo que vou fazer. Ganhando ou perdendo e se doar ao máximo em tudo e errar o menos possível, porque no vôlei erro é ponto do adversário”